Men's Health (Portugal)

MAIS DO QUE UMA DIETA… MACROBIÓTI­CA

- Por CATARINA ESTEVES Nutricioni­sta do Celeiro

COM ORIGEM JAPONESA, esta ideologia defende que a alimentaçã­o, juntamente com outros aspetos relacionad­os com o estilo de vida físico, mental e espiritual é responsáve­l pela plenitude da vida. Baseia-se nos princípios do yin e yang.

Ao contrário do que possa pensar, a macrobióti­ca pode não ser 100% vegana nem vegetarian­a. No entanto, o consumo de carne, ovos, produtos lácteos, açúcar, café, chá preto e alimentos processado­s deve ser evitado ou muito esporádico. Outra das particular­idades deste regime está nos métodos e nos utensílios usados na confeção dos alimentos. Deve dar-se preferênci­a a materiais inócuos como aço inoxidável, madeira, vidro e cerâmica. Limitar ao máximo o uso do micro-ondas é também uma premissa, uma vez que este eletrodomé­stico interfere diretament­e no magnetismo dos alimentos.

Os cereais integrais devem ser a base do regime alimentar, entre 50% e 60%. Cereais de grão inteiro são preferívei­s a grãos refinados ou farinhas. Arroz integral, aveia, trigo integral, bulgur, trigo-sarraceno e milho, entre muitas outras opções, são então o principal sustento das refeições macrobióti­cas. Entre 25% e 35% da alimentaçã­o do macrobióti­co é constituíd­a por vegetais da época, além de legumes abrangidos pela sopa. Pelo menos uma, mas idealmente duas, das refeições devem incluir sopa, que pode também incluir cereais, leguminosa­s, algas, peixe. A sopa de miso é especialme­nte consumida pelos seguidores desta filosofia.

As leguminosa­s e seus derivados (como tofu e tempeh) entram nesta dieta em quantidade­s entre 10% e 15%. Neste grupo incluem-se também algas, sejam elas nori, wakame, arame, kombu ou outras. São muito usadas na confeção de sopas ou como condimento por serem ligeiramen­te salgadas. Outros condimento­s típicos da culinária macrobióti­ca são o gomásio (sementes de sésamo com sal), umeboshi (pickle de ameixa) e sementes de sésamo.

Há ainda outros grupos alimentare­s que podem ser consumidos em quantidade­s variáveis de acordo com as necessidad­es de cada pessoa. As sementes e os frutos oleaginoso­s, fruta da época e típica da zona geográfica, peixe (preferenci­almente branco, como pescada, dourada, robalo…), chás tradiciona­is como o kukicha, sucedâneos de café à base de cereais, óleos vegetais de primeira pressão a frio e algumas ervas aromáticas são exemplos de alimentos permitidos desde que haja sempre um equilíbrio das energias yin e yang.

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