MAIS DO QUE UMA DIETA… MACROBIÓTICA
COM ORIGEM JAPONESA, esta ideologia defende que a alimentação, juntamente com outros aspetos relacionados com o estilo de vida físico, mental e espiritual é responsável pela plenitude da vida. Baseia-se nos princípios do yin e yang.
Ao contrário do que possa pensar, a macrobiótica pode não ser 100% vegana nem vegetariana. No entanto, o consumo de carne, ovos, produtos lácteos, açúcar, café, chá preto e alimentos processados deve ser evitado ou muito esporádico. Outra das particularidades deste regime está nos métodos e nos utensílios usados na confeção dos alimentos. Deve dar-se preferência a materiais inócuos como aço inoxidável, madeira, vidro e cerâmica. Limitar ao máximo o uso do micro-ondas é também uma premissa, uma vez que este eletrodoméstico interfere diretamente no magnetismo dos alimentos.
Os cereais integrais devem ser a base do regime alimentar, entre 50% e 60%. Cereais de grão inteiro são preferíveis a grãos refinados ou farinhas. Arroz integral, aveia, trigo integral, bulgur, trigo-sarraceno e milho, entre muitas outras opções, são então o principal sustento das refeições macrobióticas. Entre 25% e 35% da alimentação do macrobiótico é constituída por vegetais da época, além de legumes abrangidos pela sopa. Pelo menos uma, mas idealmente duas, das refeições devem incluir sopa, que pode também incluir cereais, leguminosas, algas, peixe. A sopa de miso é especialmente consumida pelos seguidores desta filosofia.
As leguminosas e seus derivados (como tofu e tempeh) entram nesta dieta em quantidades entre 10% e 15%. Neste grupo incluem-se também algas, sejam elas nori, wakame, arame, kombu ou outras. São muito usadas na confeção de sopas ou como condimento por serem ligeiramente salgadas. Outros condimentos típicos da culinária macrobiótica são o gomásio (sementes de sésamo com sal), umeboshi (pickle de ameixa) e sementes de sésamo.
Há ainda outros grupos alimentares que podem ser consumidos em quantidades variáveis de acordo com as necessidades de cada pessoa. As sementes e os frutos oleaginosos, fruta da época e típica da zona geográfica, peixe (preferencialmente branco, como pescada, dourada, robalo…), chás tradicionais como o kukicha, sucedâneos de café à base de cereais, óleos vegetais de primeira pressão a frio e algumas ervas aromáticas são exemplos de alimentos permitidos desde que haja sempre um equilíbrio das energias yin e yang.