A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO
O João é movido a disciplina, a desafios e a propostas metodológicas que o façam superar-se e sair da zona de conforto, por conseguinte, em termos motivacionais, nunca houve uma diminuição da vontade de querer treinar de forma sistemática. Todavia, em alguns momentos de maior trabalho (gravações, viagens e espetáculos), houve o cuidado de se equacionar a dose de exercício físico, não só a nível do treino da força, como o treino de ordem cardiovascular (que o João não simpatiza), para que os efeitos e adaptações fossem produzidas a nível pretendido, ser novamente capa da Men’s Health.
O TREINO DE CARDIO PARA A CAPA DE 2020
Na preparação para esta capa, à semelhança da outra, tivemos a necessidade de avaliar em termos antropométricos, ou seja, identificar características morfológicas do João, para possível análise e interpretação dos dados obtidos, tendo em conta este pressuposto e necessidade, avaliamos o peso e a sua relação com a altura, medimos os perímetros da cintura e da anca, como também o perímetro torácico, do braço (relaxado), cural (coxa) e geminal (perna), a nível da composição corporal propriamente dita, utilizamos a bioimpedância e as pregas adiposas com o objetivo de mais uma vez termos valores concretos do estado de treino, saúde e nutricional, adicionalmente, a medição dos valores de pressão arterial e frequência cardíaca também foram contemplados, essencialmente para que conseguíssemos ter um indicador do foro hemodinâmico, para que a prescrição da carga principalmente cardiovascular fosse o mais exata e funcional possível. Fizemos também avaliação da força muscular através do teste de predição de Uma Repetição Máxima (1RM), no sentido de identificar desequilíbrios musculares e défices de força. Mas o mais importante era que o planeamento e a prescrição de exercício físico fossem o mais mensurável possível, no fundo, em termos operacionais, quase nada mudou na preparação, a não ser o pouco tempo que tivemos para nos preparar especificamente para este desafio, julgamos que este fator foi na verdade o mais exigente para todos, particularmente para o João.
O SEGREDO PARA O CORPO DE CAPA
A combinação dos dois tipos de estímulos, ou seja, em termos práticos, o João realizava treino da força com cargas adicionais e treino cardiovascular (como já disse, o João não simpatiza), por isso, usámos a estratégia de utilizar os desportos de combate. O boxe foi e é uma prática a que recorremos frequentemente, apesar de muitas vezes termos efetivamente realizado exclusivamente treino de cariz aeróbico, utilizando o trabalho em passadeira, elíptica, remo e escadas. Toda a prescrição de exercício físico de ordem mais cardiovascular foi baseada em critérios de individualidade biológica, quase sempre controlada através dos valores da frequência cardíaca ou via perceção subjetiva de esforço (PSE), relativamente ao treino da força com cargas adicionais, o controlo da carga externa foi efetuado pela predição do valores apresentados no teste de predição de 1RM, e também utilizámos a OMNI Scale, resumidamente, procurámos fazer que o João treinasse com o rigor necessário, tal qual como um atleta de elite que se prepara para uma competição.
Nas últimas semanas, e em registo quase bidiário, foi uma batalha para que o João continuasse focado no processo de transformação e nas tarefas que lhe íamos apresentando. A todos os níveis, estivemos mui atentos ao possível efeito de interferência do treino cardiovascular nos ganhos de força e hipertrofia muscular, por conseguinte, e sempre que houvesse viabilidade, ralizámos o treino mais aeróbio no período da manhã e o da força ao final do dia, preferencialmente separados pelo menos 8h de recuperação entre estímulos, ou seja, o controlo do volume e da intensidade eram devidamente ponderados.
“O GINÁSIO É APENAS 20% A 30% DO RESULTADO FINAL. SEM DÚVIDA QUE OS 70% A 80% SÃO TRABALHO FORA DO GINÁSIO: É COMER BEM, DORMIR, QUE É TÃO IMPORTANTE QUE AS PESSOAS NÃO TÊM NOÇÃO”.