Como vão os níveis de vitamina D?
É IMEDIATA A ASSOCIAÇÃO DA VITAMINA D AO SOL , e com razão: 95% da produção desta vitamina é conseguida através da exposição solar e o restante por meio da alimentação, como peixes gordos ou ovos. Então e quando estamos em casa?
A sua produção é essencial durante todo o ano, estando o foco da vitamina D na capacidade de regular a resposta imunitária do corpo humano. É por este relevante papel que devemos garantir exposição solar matinal (até às 12h, sensivelmente) com pelo menos 25% da superfície corporal exposta, explica Fernando Ramalho, médico em consultório privado e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa.
E sim, “o sol de inverno também serve para a produção desta vitamina”, garante o especialista, certo de que na maioria dos casos este cuidado é suficiente para garantir a produção desta que é uma “pré-hormona e reguladora do metabolismo ósseo”. Já nos casos de quem sofre de maior carência, por ter mais de 65 anos ou apresentar um défice que não é corrigido pela exposição solar, a suplementação desta vitamina surge como solução, isto, claro, com aconselhamento médico. Inicialmente com doses diárias, que possam posteriormente passar para uma periodicidade de toma a cada duas ou três semanas, como forma de manutenção dos níveis no sangue, diz Fernando Ramalho que não há consequências à sua toma continua, que pode ser mantida como forma de manutenção dos valores.
“Como costumo dizer, quando há défice não controlado pela exposição solar, uma hora de exposição solar até ao meio-dia sem protetor solar pode ser a solução”, diz. Vá mais vezes para a varanda e passe mais tempo à janela.
Que sintomas refletem a carência de vitamina D?
Do ponto clínico sintomático, a resposta a esta questão irá depender do órgão afetado, já que o corpo humano conta com vários recetores de vitamina D, distribuídos por ossos, cólon, intestino delgado, mama, cérebro, pâncreas e músculos, “incluindo o músculo cardíaco, o que explica o número crescente de doenças associadas ao défice de vitamina D”, aponta o gastroenterologista entrevistado.
Ainda assim, o sintoma mais frequente em quem apresenta défice significativo de vitamina D é o cansaço, aponta Fernando Ramalho. Uma associação nem sempre direta e cujo diagnóstico de falta de vitamina D surge por via de análises.