Men's Health (Portugal)

UMA QUESTÃO DE RESPEITO

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1. COMECE JÁ. Não pode tentar ensinar à sua filha o que é ou não correto aos 12 anos. Os valores que não aprendem até aos 11 anos dificilmen­te poderão ser inculcados depois. A partir desta idade, a família deixa de ser a única influência para a criança.

2. NEGOCEIE COM ELA.

Na hora de educar, a regra básica é: proibido proibir. Quando não deixamos a criança fazer algo, só lhe vamos espicaçar a curiosidad­e e o desejo. Isto não quer dizer que tenhamos de as deixar fazer tudo o que lhes apetece. Há condutas negociais e outras que não o são.

3. NUNCA DIGA NÃO! Educar não é castigar. A ideia não é penalizar o mau comportame­nto, mas premiar o bom. É o que se chama reforço positivo. Na prática, evite frases negativas (‘não faças isso’) e substituí-las por positivas (‘gosto muito quando fazes isso’). Não se esqueça de dar rédea curta ao pai fantástico que está dentro de si: para a recompensa­r não é preciso puxar do cartão de crédito!

4. RESPEITE AS SUAS PRÓPRIAS REGRAS. O facto de impormos as regras não quer dizer que tenhamos carta-branca para as violar. Temos de fixar regras e respeitá-las, senão será um contrassen­so para as crianças.

5. GUARDE UM TRUNFO NA

MANGA. Se percebe que está a ver um programa que não é próprio para a sua idade, não apague a televisão e a mande estudar para o quarto. Proponha-lhe uma atividade alternativ­a, como um jogo, em que você está presente. Também pode sentar-se com ela e, sempre com sentido de humor, comentar as imagens que estão a ver. Para não perder o controlo da informação há especialis­tas que recomendam que não se deve comprar televisor nem computador para o quarto dos mais pequenos.

6. NÃO A JULGUE. Procure passar com ela, pelo menos, uma manhã todos os fins de semana. Aproveite para ir às compras, para fazer um desporto qualquer, para sair, ir ao cinema… estes momentos de intimidade farão que a criança se abra e se sinta estimulada a contar-lhe as suas preocupaçõ­es. Embora lhe pareçam assuntos fúteis, deve prestar-lhe o máximo de atenção, pois para ela são muito importante­s. São as suas coisas, as suas preocupaçõ­es, os seus problemas… ponha-se no lugar dela, fale abertament­e com ela e deixe-a sempre à vontade para lhe contar tudo – mesmo tudo! Se lhe conta algo que desaprova, não lhe ralhe nem a aborreça, pois perderá a sua confiança. Diga-lhe com clareza que entende o ponto de vista dela, mas que gostaria que ela tentasse compreende­r o seu.

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