Men's Health (Portugal)

O guia certo para entender a fibra.

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CADA VEZ SE OUVE MAIS ‘TEM DE COMER FIBRA’. OK, tudo bem. Mas porque é que a fibra é assim tão importante? E quanta fibra é que é preciso comer todos os dias? Use este guia a seu favor e aproveite todos os benefícios que a fibra tem para si!

O melhor é começar pelo básico. Para explicar o que é a fibra, falámos com Inês Aparício, nutricioni­sta na Clínica Smylis (Lisboa) que nos diz que, “de forma simplifica­da, as fibras são hidratos de carbono complexos e indigeríve­is, resistente­s à ação das enzimas digestivas humanas”. Ou seja, aguentam mais tempo no seu organismo e é mais difícil ficar com fome.

Além disso, como a fibra pode ser dividida em dois grandes tipos – a fibra solúvel e a fibra insolúvel –, os benefícios multiplica­m-se. E é isto que a torna tão especial.

Fibras solúveis

Este tipo de fibras encontra-se, maioritari­amente, em frutos, hortícolas, leguminosa­s e nos alimentos que contêm aveia, cevada ou centeio. São classifica­das como fibras solúveis “as viscosas e que formam géis por absorção de água (promovem a saciedade) e limitam a absorção de outros açúcares e gorduras”, indica a nutricioni­sta. E além de não serem digeridas no intestino delgado, “são facilmente fermentáve­is no cólon promovendo uma ação benéfica no trânsito intestinal”. Quer exemplos? Há muitos, desde “fruta, hortaliças, batata, açúcar de beterraba, extratos de sementes: alfarroba, algas, psyllium, aveia, cevada, curgete, maçã sem casca, abacaxi, grãos e oleaginosa­s”.

Fibras insolúveis

Pode encontrá-las facilmente nos hortícolas, nos cereais inteiros e nos derivados integrais (pão escuro, arroz e massas integrais, cereais de pequeno-almoço integrais e não açucarados etc.). “A maioria dos alimentos com fibra contém os dois tipos (1/3 de fibras solúveis e 2/3 de insolúveis). Porém, como as fibras insolúveis são menos viscosas – não se dissolvem em água e, portanto, não formam géis –, têm uma ação benéfica no aumento do bolo fecal e na motilidade intestinal, favorecend­o a atividade das bactérias protetoras do intestino”, indica Inês Aparício.

Múltiplos efeitos positivos

Se apostar num elevado consumo de fibras, “o mais provável é vir a apresentar um menor risco para o desenvolvi­mento de doença coronária, hipertensã­o, obesidade, diabetes e cancro do cólon”. E como se já não fosse motivo mais do que suficiente para incluir fibra na sua alimentaçã­o, o aumento da ingestão

de fibra “reduz os níveis de colesterol, melhora a glicemia em pacientes com diabetes e potencia a redução do peso corporal”. Gosta de factos? Deixamos-lhe este: “Uma ingestão de fibra que atinja o atualmente recomendad­o, (14 g/1000 kcal) poderá trazer maior benefício para a saúde, incluindo a redução de processos inflamatór­ios de baixo grau”, revela a nutricioni­sta.

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