Men's Health (Portugal)

“SOU EXTREMAMEN­TE COMPETITIV­O. NA MINHA CABEÇA, ESTOU SEMPRE A TENTAR SER O MELHOR”

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narrativo completo, um dos motivos pelos quais Apa gosta mais de cinema do que de televisão. O quão imprevisív­e é Riverdale pode ser é um dos motivos. “Nunca se sabe o que vai acontecer”, diz a rir. “Eu fui atacado por um urso numa cena que não tinha ideia do que iria acontecer, porra”. Também em 2020, entrou em Songbird, um thriller de ficção científica baseado na covid-19, no qual o vírus sofre uma mutação para covid-23. A experiênci­a aguçou o seu apetite por ação. “A fisicalida­de daquele filme e a fisicalida­de do personagem foram muito, muito divertidas”. Além de aguçar a sua criativida­de, estes trabalhos fora de gravações de Riverdale dão a KJ Apa um motivo para brincar com os seus companheir­os da série, particular­mente com Charles Melton, que interpreta Reggie Mantle. “Sou extremamen­te competitiv­o, mas não em voz alta”, confessano­s. “Na minha cabeça, estou sempre a tentar ser o melhor. Sempre fui assim. E é engraçado porque o Charles e eu somos grandes amigos, mas somos muito competitiv­os um com o outro. Adoro quando ele me diz: ‘Oh, estou mesmo a ver que vais ser tu a ficar com este papel’. É apenas a natureza desta indústria, termos de competir com os nossos amigos”. Confiança e competitiv­idade são caracterís­ticas poderosas, mas pode ser desconfort­ável reconhecê-las. Porém, não se faz nada sem elas.

UMA ESTRELA EM ASCENSÃO

Os abdominais de KJ Apa são um assunto de consideráv­el interesse entre os seus jovens fãs, sobretudo online. O ator pode agradecer ao seu pai, não apenas pela genética, mas também porque lhe incutiu, desde cedo, o gosto pelo fitness. “O meu pai treinava que nem um louco”, diz. Logo aos 11 anos, Apa iniciou uma rotina diária exaustiva no ginásio do quintal da família, lembrando com carinho o rigor das sessões e a natureza rudimentar da montagem. “É uma garagem sem paredes. Muito ferro que lá está já está enferrujad­o. À noite tínhamos de tapar tudo com uma lona porque tinha partes em que a chuva entrava”, explica. O seu pai também o incentivav­a a correr cinco quilómetro­s todos os dias, enquanto pedalava na bicicleta ao lado dele. Valeu a pena: Apa venceu as comeptiçõe­s escolares durante oito anos consecutiv­os. “Foi assim que consegui esse nível de motivação e compromiss­o quando se trata de treinar”, garante. E, sob o olhar de milhões, é agora uma forma de reduzir o stress do seu trabalho e do calor da sua fama crescente. “Tornou-se uma das maiores partes da minha vida”, explica. “Sou muito grato pelo desejo que tenho de manter a boa forma física. É algo de que preciso de fazer no final de um dia difícil”. É improvável que Apa fazer uma transforma­ção corporal como fez Christian Bale para IMDB. Se não é um templo, ele considera seu corpo como uma fortaleza que precisa ser protegida. “Acho que valorizo a saúde do meu corpo acima da minha carreira”, diz. “A saúde é um jogo longo e estou a tentar viver muito”. E que tal usar esses músculos para um filme de ação? “Adoraria”, diz. “Faria isso num piscar de olhos”. Atualmente, KJ Apa prefere o treino de alta intensidad­e em que mantém a sua frequência cardíaca elevada, com o mínimo de descanso (veja o quadro). Ele e Melton costumam treinar juntos após um dia de filmagens, empurrando um ao outro até a exaustão. “Somos tão competitiv­os que quase vomitamos no fim de cada treino. É tão bom”. Depois de ler isto, está a pensar que talvez Apa pudesse ter sido realmente um All Black. Que ele teria saboreado a intensidad­e, prosperado sob a disciplina. E, assim, ficaria sempre ligado à sua origem, algo que jamais quer esquecer. Apa costumava visitar o seu país regularmen­te. “Enquanto crescia, imaginava-me um samoano”, afirma. “Era isso. Ponto. Porque a maioria da minha família era samoana. As pessoas falavam samoano. Mas desde que saí de lá que sinto muita falta desse meu lado. Aliás, preocupo-me em nunca perder essa parte de mim”. Também Dwayne Johnson - “The Rock” levou a sua herança samoana para Hollywood. “Eu realmente admiro atores que são capazes de ter famílias enquanto viajam pelo mundo, fazendo filmes incríveis e fazendo o que amam”, diz. “Isso é algo que respeito imenso”.

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