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Com saudades de ir a um concerto? Conheça o poder da música.

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Já os Queen dizem e com razão: ‘The show must go on’. E até mesmo durante uma pandemia. A banda sul-coreana BTS deu um concerto para 756.600 fãs… mas sem que nenhum deles estivesse, realmente, no pavilhão. Sim, foi um concerto online e tornou-se no concerto com mais bilhetes vendidos de sempre. A ‘Band Bang Con’ ofereceu aos espetadore­s múltiplos ângulos da atuação, como se se tratasse de um espetáculo em 360º graus. E a essência dos concertos como até conhecemos ficou salvaguard­ada: foi possível comentar ao vivo a atuação da banda com o parceiro do ecrã ao lado, tal como acontece na vida real… ou nos concertos antes da pandemia em que milhares de pessoas se juntavam para assistir às suas bandas e artistas preferidos. Apesar de o concerto ter sido bem-sucedido - se bem que são os BTS, a banda fenómeno do momento que arrasta multidões em todo o mundo -, a verdade é que não há nada como uma experiênci­a ao vivo. Aliás, um estudo da Universida­de de Ontário analisou, em 2018, a atividade cerebral dos participan­tes enquanto estavam em eventos presenciai­s ou digitais e concluiu que havia, de longe, mais ‘sincronia’ nas ondas cerebrais daqueles que fisicament­e participav­am num evento ao vivo, sugerindo um maior prazer e um sentido mais forte de ligação com a música e as pessoas que lá estavam. Mas o impacto de um concerto não se limita às emoções sensoriais de curto prazo ou ao prazer que a música traz ao cérebro naquele preciso momento. Um concerto ao vivo vai fazer mexer o corpo. Diz um estudo da University College London e do Royal College of Music que assistir a concertos diminui a secreção de cortisol e cortisona – hormonas envolvidas na nossa resposta ao stress - enquanto aumenta os níveis de um esteróide chamado DHEA, que está associado à melhoria da função imunitária, menos colesterol e melhor disposição muscular. E se lhe dissermos que música ao vivo pode também promover a longevidad­e? Foi o que a Universida­de Goldsmith concluiu: uma sessão quinzenal de música poderia melhorar a saúde e a sensação de bem-estar em mais de um quinto, que é como quem diz, quase uma década de vida. Os concertos para já estão ainda a meio-gás por causa da pandemia, mas não deixe escapar as poucas oportunida­des que vão surgindo!

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