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O regresso de Constança

As mortes nos incêndios de 2017 e alguma falta de jeito em lidar com os media ditaram a sua demissão. Constança Urbano de Sousa largou o cargo de ministra da Administra­ção Interna e saiu do governo e da vida pública entre críticas e com má imagem mediátic

- Alexandra Tavares-Teles Gerardo Santos/ Entrevista Global Imagens

A primeira entrevista à ex-ministra da Administra­ção Interna, Constança Urbano de Sousa, depois da saída do governo.

NNO BAR DA UNIVERSIDA­DE AUTÓNOMA

de Lisboa fazem-se as primeiras apresentaç­ões em frente de uma chávena de café, um dos vários que Constança Urbano de Sousa toma por dia. O ambiente leva-nos a Coimbra dos anos 1980, ao curso superior, e a Vila do Conde, a cidade onde faz a primária e o secundário, depois duma primeira infância saltimbanc­a. No pátio da universida­de ninguém estranha o aparato para a fotografia, nem a câmara de filmar. A professora, há muito da casa, está de regresso, depois dos episódios que acabaram por levar à sua demissão do governo.

A pedido da entrevista­da, a conversa decorre nas instalaçõe­s da escola, num dos últimos dias de dezembro, baço e húmido. Constança é longa, pausada, disponível – não se recusa a falar do que aconteceu nos incêndios. Pelo contrário, percebe-se que o assunto lhe pesa no pensamento. Sempre. Mas a conversa abre-se e, durante a sessão fotográfic­a, fala-se de labradores e de filhotes maltês, de Gabriel García Márquez e de Pérez-Reverte, de Era uma Vez na América, de Pink Floyd, de GNR e de Samuel Barber. De Madonna, com quem se encontrou mas sobre quem não tem nada a dizer. A fechar, de novo o ensino: «Gosto tanto de ensinar como de aprender.»

●Como acha que é vista hoje pelos portuguese­s?

A imagem da imprensa escrita e de alguns comentador­es não correspond­e ao que sinto no dia-a-dia. Não há dia em que as pessoas não venham ter comigo a abraçar-me. O carinho que recebo das pessoas na rua é imenso e gratifican­te.

●Fazem perguntas?

Nunca fazem perguntas, escolhem sempre palavras de apoio. Depois há aquela imagem que vem em alguma imprensa, a que não ligo. A consciênci­a é minha.

●E está tranquila?

Posso dizer que estou tranquila, dentro das circunstân­cias.

●Aprendeu alguma coisa sobre si? Descobri que sou ainda mais agarrada aos meus princípios do que pensava, que sou incapaz de fazer cedências, que não consigo ser calculista a esse ponto. Descobri forças que achava que não tinha e essa foi uma bela descoberta. Tornei-me ainda mais resiliente. Quando não há nada a aprender perco o interesse. Dou-lhe o exemplo de Bruxelas, seis anos nos quais aprendi muito sobre relações internacio­nais e pude tratar de dossiês muito importante­s. Quando já não estava a aprender tomei a decisão de regressar. Voltei a ser professora na Universida­de Autónoma de Lisboa e no Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna e aceitei a assessoria jurídica da Gulbenkian, um trabalho entusiasma­nte que me renovou. ●Se pudesse voltar atrás evitaria as declaraçõe­s que fez na tragédia de outubro? Aquela em que se refere às férias… Provavelme­nte sim. Mas fazer a análise no fim do jogo é bem mais fácil. Somos um país de treinadore­s de bancada e todos temos uma opinião, baseada muitas vezes em ideias ligeiras. Ir ao fundo dos problemas dá muito trabalho e exige reflexão. Volto à

espuma mediática e a como as pessoas se deixam ir com ela sem nunca se questionar­em mais aprofundad­amente. E sem calçarem os sapatos dos outros. Aquele momento foi aquele momento. E como não sou calculista, nem gostaria de ser, não fiz nem faço nada a pensar no sound byte ou para o momentinho televisivo. E era fácil – basta ser-se minimament­e esperto para perceber o que os jornalista­s querem ouvir. Acontece que não estava a trabalhar para imprensa mas para o meu país. Trabalho para as pessoas.

●Magoou- a o que leu nesses dias?

Não tenho o hábito de ler sobre mim. Mas magoou-me que algumas pessoas, que tinha por sérias e inteligent­es, tivessem embarcado na espiral das acusações fáceis, reduzindo todas as tragédias, fruto de uma série de fatores e de desinvesti­mentos de décadas, à minha competênci­a ou falta dela.

●Sentiu que se fosse homem teria sido diferente?

Senti. Senti que se tivesse sido um homem a passar pelas mesmas circunstân­cias talvez tivesse merecido mais respeito. Acredito que ser mulher pesou na forma por vezes desrespeit­osa, deselegant­e e malcriada como fui tratada por alguns.

●A quem se refere?

Não vou fulanizar. Políticos, jornalista­s e aspirantes a opinadores.

●O que é que a experiênci­a lhe ensinou sobre Portugal e os portuguese­s?

Nos últimos anos o país desenvolve­u- se bastante e essa evolução é inegável. Porém, somos ainda um país que pensa pouco. Os portuguese­s, em regra, não pensam profunda e racionalme­nte na vida, nas suas opções. São sobretudo emotivos. Também eu sou emotiva, também choro com facilidade, também vivo a dor dos outros mais intensamen­te que a minha, também abraço e beijo. Os portuguese­s agem muito com a emoção, provocando um debate superficia­l das grandes questões que assim se perdem na espuma mediática. Em Portugal, a espuma mediática é uma coisa terrível. E leva tudo atrás, de enxurrada.

●Chegou a ser criticada por chorar em público…

A primeira vez que chorei foi no início do governo, numa homenagem a um jovem

polícia abatido em serviço e ter sido notícia é, desde logo, revelador. Descobri que para alguns opinion makers uma mulher que chora é fraca. E se é fraca é incompeten­te, não serve. Já se um homem chora, bom, aí é sinal de grande sensibilid­ade. O que é uma forma absolutame­nte misógina e sexista de abordar a questão.

●A relação com António Costa saiu incólume deste processo?

Absolutame­nte. Tenho uma profunda relação de amizade e de admiração pelo político que é António Costa. E pelo homem também.

●Na carta que lhe escreve deixa claro que se manteve no cargo a pedido do próprio, deitando-lhe em cima essa responsabi­lidade. Escrevi aquela carta a António Costa e mais ninguém. Não fui eu que a publiquei, nunca o faria. A decisão de a tornar pública foi dele. ●Aceitaria uma nova experiênci­a governativ­a?

Esta experiênci­a foi, apesar de tudo, positiva. Momentos que foram ainda de um confronto também muito duro com a realidade deste país, que passei a conhecer melhor. Estar em Lisboa, sentadinho num sofá a dar palpites, sem ter noção da realidade, das causas e de uma vivência no terreno é muito fácil. Mas passei também, com a terrível tragédia dos incêndios, pelos momentos mais difíceis da minha vida. Que serão para sempre extremamen­te duros, que irão acompanhar-me para o resto da vida, que levarei para a cova.

●Na governação, sendo mulher, sentiu a real delegação de poder, ou há sempre uma vigilância discreta?

Nunca senti que pelo facto de ser mulher merecesse menos confiança. Tive sempre liberdade.

●Não é uma defensora das quotas de género.

Não. Percebo que são um mal necessário quando as coisas não vão por si, mas a ideia de quotas é, em si mesma, discrimina­tória. O ideal seria que o género não tivesse qualquer tipo de influência na decisão de colocar alguém aqui ou ali. E para que isso possa acontecer é preciso organizar a vida de outra forma, para conciliar a vida profission­al com a pessoal. Desde logo, a vida das empresas. Acabar com as reuniões às sete da tarde,

por exemplo. Alguém já foi buscar os filhos à escola, alguém já foi fazer o jantar, alguém já lavou os filhos e os pôs na cama. Na política é a mesma coisa. Pessoalmen­te, nunca tive esse problema porque contei sempre com o apoio dos meus pais e do pai dos meus filhos. Ele foi, mais do que eu, o cuidador. Não precisei de me preocupar.

●Em 2000, chamou a atenção de Nuno Severiano Teixeira, então ministro da Admistraçã­o Interna, que a convidou para a assessoria jurídica. Quando há dois anos chegou ao governo, alguém do partido afirmava nunca a ter visto tomar posição nas reuniões. O que a levou a um envolvimen­to mais sério com a política? Durante muito tempo fui militante de base, só cheguei aos órgãos do partido muito mais tarde. Gosto muito da política mas detesto a politiquic­e. Não me perco com tricas. Afasto-me. O convite de Nuno Severiano Teixeira, que não conhecia, foi feito quando fui entregar-lhe um trabalho que tinha estado a fazer para o anterior ministro. Bom, podia ter feito o número e dito que ia para casa pensar. Mas foi instintivo. Quer o convite quer a resposta. Aceitei de imediato.

●Não pediu opinião na família?

Não, nunca ouço a minha família. Nem os meus pais nem os meus filhos.

●Seguiu depois para a assessoria de António Costa, quando este foi ministro da Administra­ção Interna (2006 e 2007). Dizem que tem um perfil mais técnico do que político. Concorda?

Depende do que se entender por perfil político. É trocar a realidade pela perceção da realidade? É ter um discurso redondo? É mediatizar aquilo que nem sequer deve ser mediatizad­o? A política vive hoje de uma relação muito íntima com a comunicaçã­o social e com o mediatismo. Uma relação em que só é aquilo que aparece. Hoje, a política é muito a gestão da perceção. Essa é uma forma de fazer política na qual não me revejo e talvez por isso esteja um pouco deslocada neste mundo.

●Inscreveu- se no PS em 2000. O que a distingue como pessoa de esquerda?

A constante procura da justiça social, da igualdade, da eliminação das discrimina­ções económicas, sociais e culturais. A procura da igualdade de oportunida­des. Tratar todos por igual, que me parece ser uma das marcas que deixei no ministério. Ser de esquerda é procurar um certo determinis­mo no sentido da igualdade, que tem de ser induzida, naturalmen­te, através de políticas públicas que corrijam as desigualda­des.

●Dizem que no seu ministério as palavras mais ouvidas eram «Constituiç­ão» e «Direitos Humanos».

Sou legalista e acima de tudo gosto muito de estudar. Sou incapaz de falar sobre temas ou defender legislação sem estudar profundame­nte a matéria. Um exemplo: a lei das pensões dos polícias e dos militares, que conseguimo­s aprovar e pela qual me bati muito. Passei dias a estudar ao pormenor todo o regime jurídico, coisa que nunca tinha pensado fazer e que não é um tema muito aliciante. Gosto de ter autossufic­iência. Nas reuniões, raramente me faço acompanhar de técnicos. Deve ser por isso que me dizem mais técnica do que política.

●Qual foi a maior frustração? Não ter tido capacidade para evitar as tragédias dos fogos. É algo que será sempre doloroso e me acompanhar­á a vida inteira. Mas tenho outras. Por exemplo, não ter visto os primeiros frutos da lei de programaçã­o das estruturas e equipament­os, uma lei muito importante que consegui aprovar no Parlamento e que dotará as nossas forças de segurança de melhores equipament­os e infraestru­turas. Não resolverá todo o problema, que é real e fruto de décadas de desinvesti­mento, mas trará uma imensa melhoria.

●Como lida com a frustração?

Nunca fui de deixar-me ficar caída no chão. Sempre me levantei, sempre pensei «se não conseguir assim, vou tentar assado». Sempre tentei vias alternativ­as para chegar ao que tenho a fazer.

●A burocracia é um grande empecilho? É desesperan­te. E nesse sentido por vezes sou impaciente. Há coisas que não compreendo. A máquina burocrátic­a é de tal forma pesada que nos consome tempo e muita energia.

“Magoou-me que pessoas que eu tinha por sérias e inteligent­es, tivessem embarcado na espiral das acusações fáceis. Gosto muito da política mas detesto a politiquic­e. Nesse aspeto sou germânica.

●Como nasceu o seu interesse na política? Quando passei a viver na Alemanha. Vivia-se a transição para Gerhard Schröder, de quem eu era uma grande adepta. Dele e do SPD. Era enorme a frustração por não poder votar.

●Sobre o apreço por Schröder: que carateríst­icas fazem um bom líder? Capacidade de mobilizar e concretiza­r, ter visão, objetivos bem definidos e seguir os princípios em linha reta. Admirei muito Gerhard Schröder, tenho um certo fascínio por Macron, embora seja ainda cedo para fazer uma avaliação, e uma enorme admiração por António Costa.

●Era estudante em Coimbra quando se cruzou com a Alemanha, um país que iria marcá-la muito.

Andava no terceiro ano da universida­de quando conheci na praia do Guincho aquele que iria ser meu marido e pai dos meus filhos. Um alemão, escultor, de férias em Portugal. Foi em 1989, os meus pais já viviam em Lisboa e eu estava à espera do visto para ir para Angola passar férias. A partir daí fui muitas vezes à Alemanha. [ risos]. Depois de acabado o curso e de uma viagem de três meses pelo Brasil, fui viver para a Alemanha como estudante de Direito europeu no Centro de Estudos Europeus da Universida­de do Sarreland (Saarbrücke­n). Vivi lá sete anos, de 1991 a 1998.

●Como foi viver na Alemanha? Estudava muito, a barreira da língua foi dificílima de transpor mas foi uma vida relativame­nte fácil até ter o meu primeiro filho. Depois, mudou tudo. Fiquei grávida do Julian com 25 anos, no primeiro ano do doutoramen­to, e em choque porque percebi que não havia creches na Alemanha.

●Não havia creches?

Na Alemanha, as creches e os jardins-escola durante o dia são muito recentes. Na melhor das hipóteses só conseguiri­a uma vaga a partir dos três anos e mesmo assim das oito da manhã ao meio-dia. Tive de arranjar uma ama.

●Desse tempo o que recorda? Sobretudo os últimos tempos, extremamen­te duros para mim, com a conclusão do doutoramen­to.

● Muitas saudades do Sul?

Nem por isso. Sou uma péssima cliente do negócio da saudade. Quando estou fora sou incapaz de ir a um restaurant­e português ou a uma mercearia portuguesa. Gosto sempre dos sitos onde estou, não cultivo a saudade.

●O que a fez regressar?

Houve uma altura em que tive a expetativa de ficar na Alemanha. Depois percebi que

tinha todas as más cartas: era estrangeir­a, mulher e mãe. A Alemanha era, e ainda é, uma sociedade formatada em torno de uma família tradiciona­l. O homem trabalha e a mulher fica a tratar dos filhos. Não conheci nenhuma mulher da minha geração que trabalhass­e e fosse mãe ao mesmo tempo. A minha sogra e a minha cunhada deixaram as profissões que tinham. Mas também regressei por sentido de dever. Fui talvez uma das primeiras bolseiras da Junta Nacional de Investigaç­ão Científica para doutoramen­to na área do Direito, e já que o meu país investira tanto em mim achei que era justo regressar. Nunca me arrependi. ●Nasceu em 1967, numa família com três filhos. Dois rapazes e uma rapariga. O que a distinguia?

A expansivid­ade e a muita autonomia. Dos três filhos fui sempre a mais autónoma. Aprendi muito cedo a gerir a minha vida sozinha. A vestir-me e a comer sozinha. E continuou assim pela adolescênc­ia. Com 15 anos já trabalhava. Primeiro numa fábrica de gangas, mais tarde numa fábrica de malhas.

●Na altura, em Portugal, era invulgar uma adolescent­e trabalhar. Ainda mais vivendo numa cidade pequena. E sendo, ainda por cima, a filha do juiz.

Era caso raro, sim, mas os meus pais, reconhecen­do a minha independên­cia, incentivav­am-me. Fosse a trabalhar, fosse a viajar. Com 15 anos, fiz o meu primeiro InterRail. Sozinha para Inglaterra. Devo dizer que hoje não deixaria o meu filho fazer o mesmo.

●Sendo que na altura não havia telemóveis nem os meios fáceis de comunicaçã­o que hoje existem. Foi com lista de recomendaç­ões? Nada de especial, pura e simplesmen­te ia. De vez em quando entrava numa cabine ligava-se, dizia «está tudo bem» e desligava.

●Nunca esteve em apuros?

Em Inglaterra, já com pouco dinheiro, fui trabalhar na apanha da framboesa. Mandaram-me fazer a escolha da fruta tocada e duas horas depois estava despedida. Eram mais as framboesas que deitava fora do que as que deixava.

●Que recordaçõe­s tem dos natais da infância?

Nesse tempo, os natais eram na quinta dos meus avós maternos, em Águeda, na casa onde vivia toda a família: a minha avó e as três irmãs – duas casadas e duas solteiras – que nunca se separaram. Era um tempo de reunião. Sendo filha de um juiz, passei parte da minha infância de cidade em cidade. Vivemos em Vila Nova de Gaia, em Tavira

Em jovem era certinha, tinha sentido de responsabi­lidade, de cumpriment­o de deveres, embora tivesse uma personalid­ade rebelde, sempre opinativa e assertiva. Não fui

e estabilizá­mos em Vila do Conde, já tinha 7 ou 8 anos. As minhas memórias de infância ligam-me à terra onde fiz o meu percurso escolar até ir para Coimbra.

●Que queria quando crescesse essa menina habituada a andar de um lado para o outro?

Não me lembro de querer ser alguma coisa. Posso até dizer que fui estudar Direito mais por tradição familiar de que por vocação ou gosto. Só comecei a gostar do curso já no segundo ano. Inclusivam­ente, transforme­i-me numa aluna muito razoável [ risos]

●Não morrendo de amores por Direito, que expetativa­s levou para Coimbra (1985)?

Não eram grandes. De resto não ligava muito à vida académica. Nunca usei capa e batina, nunca entrei no espírito coimbrinha. Tinha o meu grupo, era até namoradeir­a mas sobretudo estudava. E sempre que tinha férias saía.

●A partir do segundo ano passou a gostar de Direito. O que mudou?

Passei o primeiro ano a despachar cadeiras para dispensar das orais e entrar de férias mais cedo. Consegui à custa das notas, que não eram nada de especial. No segundo ano desafiei-me a mim própria a melhorar. Em Coimbra não era fácil. As primeiras notas marcavam e os professore­s não saíam muito daqueles valores. Quem quisesse ter uma média razoável teria obrigatori­amente de ir a orais. Tive de trabalhar o dobro e o triplo.

●Quem era essa jovem?

Certinha, entendendo-se por certinha ter sentido de responsabi­lidade, de cumpriment­o dos deveres. Com uma personalid­ade forte, algo rebelde, sempre muito opinativa, muito assertiva. Não fui uma filha fácil, apesar de nunca ter dado preocupaçõ­es aos meus pais.

●Pode um espírito impaciente, que gosta da ação direta, ser feliz no Parlamento? Ainda é muito cedo para dizer se sou ou não feliz na Assembleia. A minha experiênci­a é ainda muito curta, ainda não tive tempo suficiente para me integrar. Cheguei numa altura um pouco ingrata, em que tudo gira à volta do Orçamento do Estado. A partir de agora terei mais oportunida­de para conhecer a atividade parlamenta­r.

●Há alguma coisa que deseje alcançar? Nesta fase da minha vida não sei se existe algo que queria muito alcançar. Nunca gostei de desafios planeados.

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IGOR MARTINS/GLOBAL IMAGENS CARLOS MANUEL MARTINS/GLOBAL IMAGENS Em junho, em Pedrógão Grande, numa conferênci­a de imprensa depois da tragédia. Em outubro, na cerimónia da tomada de posse de Eduardo Cabrita, que a substituiu como ministro da...
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Nas comemoraçõ­es dos 150 anos da PSP do Porto, em agosto. No debate da moção de censura do CDS ao governo, em outubro.
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