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esti- losCOMPORT­AMENTO Os portuguese­s que “fogem” para casar Cada vez mais noivos dispensam as festas tradiciona­is, com centenas de convidados, e optam por casar fora do país, em cerimónias intimistas. Em qualquer recanto do planeta.

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Éum mundo de coisas a planear e decidir: convites, ementas, decoração, músicos ou DJ, buquê, vestido, lembranças para os convidados, animação para as crianças. São duas horas de fotografia­s, parte delas com quase desconheci­dos, e um dia inteiro a tentar garantir que todos estão bem e se divertem. Face a este panorama, muitos noivos começam a perguntar-se:

o dia é nosso ou dos outros? Vale a pena tanta pressão, tanto stress e tanto investimen­to financeiro? Queremos mesmo partilhar o nosso dia com 200 pessoas? E se fugíssemos os dois para casar? “Elopement wedding” significa literalmen­te “fuga para casar”. Não é uma novidade, mas o termo redefiniu-se: o que em tempos era uma verdadeira fuga de casais cujo relacionam­ento não era aprovado pelas famílias, tornou-se uma opção para quem não se revê nas festas de casamento tradiciona­is e prefere fazer da sua união um momento descontraí­do e mais intimista. A Notícias Magazine conversou com três casais que fizeram essa escolha.

Não foi um impulso e levou seis meses de preparação, entre escolher uma capela sóbria e bonita – não queriam néons nem Elvis –, ver detalhes com a “wedding planner” e fazer provas do vestido (que levou de cá) com a mãe e a madrinha. “Quis, em certas coisas, manter a tradição e envolver a família e amigos. Fizemos um convite, com um link para um site onde podiam ir acompanhan­do o que estávamos a programar, por exemplo.” Reza o dito que “what happens in Vegas stays in Vegas”, mas não foi o caso: o casamento foi transmitid­o em “streaming” desde a Chapel of the Flowers, na Strip, em Las Vegas. Os amigos e familiares que receberam o link puderam assistir em direto à cerimónia. A lua-de-mel foi entre Las Vegas,

o Grand Canyon e Nova Iorque.

Olhando para trás, Sofia não mudava nada. A ida de limusine para a capela, a cerimónia intimista, as fotos pela cidade durante a tarde, o espetáculo do Cirque du Soleil ao fim do dia, a noite de núpcias no Bellagio. “Se somos todos diferentes porque é que casamos todos da mesma forma? Só muda a cor da toalha e as flores do buquê.”

DIANA SOEIRO E GONÇALO PROENÇA BORA-BORA, 14 DE DEZEMBRO DE 2011:

-enamorados, preferiram uma experiênci­a intimista e exclusiva. “Optámos pelo Four Seasons

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