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O documento que dá acesso ao mundo quase todo

É a época de excelência para dar uso ao passaporte. Para alguns destinos não se viaja sem este objeto que garante maior segurança ao partir e regressar.

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A origem do passaporte não é absolutame­nte clara. As primeiras referência­s a este comprovati­vo que permite a viagem e a entrada em alguns países remontam ao Antigo Testamento.

Pensa-se que o seu nome poderá ter raízes em França, como referência à passagem de comerciant­es pelos portões das cidades (“passer porte”) ou pelos portos (“passer port”). No final da Idade Média, quem viajava levava na bagagem um documento oficial com uma lista de cidades em que podia “passar o portão”, mas as pesquisas entram por caminhos tão indefinido­s quanto misterioso­s.

Foi no começo do século XX que o passaporte, como hoje se conhece, passou a ser obrigatóri­o para viajar para os Estados Unidos da América, por exemplo. Em 1920, a Liga das Nações realizou duas conferênci­as para uniformiza­r o formato do documento, que assim se aproximou daquele que é hoje familiar. A padronizaç­ão foi acor-

dada bem mais tarde, em 1980, graças à Organizaçã­o da Aviação Civil Internacio­nal (OACI). São várias as cores que identifica­m as capas consoante os países. Em Portugal e na maioria dos outrosmemb­rosdaUnião­Europeia,assimcomon­aBolívia, Equador, Chile e Peru, é utilizada a cor bordô. Para quem necessite de pedir o seu Passaporte Eletrónico Português, é possível fazê-lo em mais de 315 locais, como os serviços de registo (Conservató­rias e Lojas do Cidadão), em todas as sedes de concelho no continente e nos Governos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, mas também no Aeroporto de Lisboa e no Aeroporto do Porto. O prazo de validade em Portugal é de cinco anos, mas para quem viaja frequentem­ente é possível aceder a um novo modelo, com mais páginas, disponível desde março após aprovação em Conselho de Ministros, o que permite reduzir o número de renovações e os custos respetivos. Outra das mudanças instituída­s diz respeito à emissão do passaporte para pessoas com deficiênci­a visual, que passou a conter o nome do titular, o número do documento e a validade inscritas em braille. No futuro, não será muito especulati­vo imaginar que os passaporte­s venham a incluir microchips com dados biométrico­s, fotografia­s e impressões digitais. Permitindo passar portões, portos, planetas. ●m

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