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BOINAS, BONÉS E PANAMÁS

Os homens preferem as boinas, as mulheres andam atraídas pelos modelos masculinos, os jovens continuam focados nos bonés. E os panamás de palha vieram para ficar.

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Perguntand­o em lojas centenária­s e estabeleci­mentos jovens, tanto no Porto como em Lisboa, a jornalista Sara Dias Oliveira confirmou estarmos em plena era de renascimen­to do chapéu. Conheça as principais tendências para todas as idades.

Aquela ideia de que os chapéus são para os avozinhos é só história. O chapéu é hoje um acessório de moda que dá estilo, um toque de requinte ao visual, e puxa pela diferença. De dia ou de noite. Depois da fase negra, de ter andado longe das preferênci­as nos últimos 50 anos do século passado, esta peça entrou em 2000 de cabeça erguida. Desde então, a procura tem aumentado. A exigência também. Este verão, no topo das preferênci­as, de homens e mulheres, está o chapéu-panamá feito de palha.

Os homens também procuram boinas e bonés de bons tecidos. Linho, algodão, seda. As mulheres andam de olhos postos nos modelos masculinos. Com ou sem abas. Os bonés continuam a ser os preferidos dos jovens.

Com pala para a frente ou para trás. O tirolês e os chapéus de algodão e de palha são moda para crianças que, ainda assim, querem imitar os pais e pedem miniaturas das peças que os adultos usam na cabeça.

Os clientes estão mais exigentes, procuram matérias-primas de qualidade. “O chapéu é um acessório que pode mudar a imagem, que tem a sua importânci­a em termos de visual”, sublinha

o chapeleiro José Baião, dono da Chapelaria José & Baião - empresa com mais de 120 anos de história, atualmente na terceira geração -, que vende chapéus na Daily Day, no Porto.

Na Azevedo Rua, em Lisboa, a mais antiga chapelaria do país (cinco gerações), há chapéus para inúmeros gostos e ocasiões. Clássicos, de gala, mo-

dernos, descontraí­dos. Para homens, senhoras e crianças. Os panamás feitos no Equador, de palha fina, continuam a causar sensação.

A Fábrica dos Chapéus, no Bairro Alto, também na capital, têm oferta igualmente ampla. Também se regista sintonia ao nível das tendências: “As palhas não são todas iguais. Os clientes procuram palhas de qualidade, mais frescas e mais leves”, adianta Luís Barbosa, chapeleiro e dono da loja. “Antigament­e havia o estigma do chapéu do avô. Agora as gerações dos 30, 40 e 50 já não têm esse preconceit­o.” São gerações que usam chapéus por uma questão de estilo e de saúde, de resguardo do sol. Chapéus há muitos, pois claro, e vieram para ficar. A bem da imagem e do bem-estar. ●m

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