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COMO PROMOVER A SAÚDE MENTAL
Além da medicação e da psicoterapia existem algumas estratégias que ajudam a prevenir e a controlar a ansiedade e outras perturbações mentais.
Prática de exercício físico com regularidade — Escolha a atividade que faça mais sentido para si e de que goste. Pode ser uma caminhada ou uma ida ao ginásio. “O exercício físico aumenta substâncias químicas que são protetoras: as endorfinas, que estão relacionadas com o prazer e a gestão da dor; a serotonina, ligada ao humor; e a ocitocina, que é a hormona da confiança e que melhora a motivação. Por outro lado, baixa as hormonas do stress, como o cortisol”, explica Vítor Cotovio.
Meditação, ioga, tai-chi — As técnicas de relaxamento ajudam a focar a atenção e a autorregular os nossos medos, a melhorar a qualidade de vida e a prevenir ou lidar com situações de desequilíbrio emocional. Patrícia, a tomar medicação há 20 anos, inscreveu-se há pouco tempo num ginásio e já sente melhorias: “Noto as noites mais bem dormidas e a respiração mais controlada.”
Administrar o tempo — “A pessoa tem de aprender a gerir conflitos e a sua relação com os outros de forma a conseguir desligar o computador e ir ao cinema ou dizer que não a certas exigências e ir correr para o parque com o filho”, sugere Vítor Cotovio.
Aprender a respirar — Em períodos agitados, respiramos apenas com a parte de cima do tronco e desaprendemos a fazê-lo a partir do abdómen. “Bastam três ou quatro inspirações abdominais profundas e lentas para termos uma sensação de alívio”, assegura Cotovio.
Se se sente triste ou ansioso, procure ajuda especializada — “Recorra ao seu médico ou a um psicoterapeuta em quem confie. Não se iniba de partilhar o seu sofrimento”, sugere Nuno Florêncio.
Não se automedique — A toma prolongada de benzodiazepinas tem riscos, entre os quais um desmame precipitado. O seu médico assistente é a pessoa mais indicada para ajustar a medicação às suas necessidades.