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OS NOVOS BARBECUES SÃO UMA COZINHA AO AR LIVRE
Os aparelhos a gás conquistam terreno, revolucionando a forma de confecionar no exterior. Os módulos culinários multiplicam-se, permitindo fazer tudo ao relento. Até pizzas.
Chega o calor e o céu limpo e com eles a vontade de aproveitar o jardim, o terraço ou a varanda para um grelhado em boa companhia. Nas lojas especializadas e nas grandes superfícies comerciais, os barbecues ganham mais área para a nova temporada. E, nesse campeonato, as opções a gás são cada vez mais, maiores e mais procuradas. Nos últimos anos, a grelha modular veio revolucionar os barbecues a gás, acrescentando novas funcionalidades, através de vários módulos culinários para lá da grelha normal e da chapa. São grelhadores com cada vez mais procura, garante o vendedor da secção de exterior da Leroy Merlin Gaia, Rui Rocha, que enumera como acessórios mais vendidos “a pedra para pizza, que deixa a massa mais tostada, e a placa de cozedura, seguida do wok”. Porém, existem outras opções, consoante a marca, como a grelha para marcar carne, o paellero ou o grelhador para aves. São módulos vendidos em separado. “O espeto para assar também se vende bem”, sublinha.
Há ainda modelos com bocas de apoio, que permitem “fazer tudo no barbecue. Já não é preciso ir à cozinha preparar o arroz”. O barbecue a gás torna-se numa verdadeira cozinha e consoante
o número de queimadores cresce em preço e em tamanho, permitindo servir mais pessoas ao mesmo tempo. No mercado, os mais comuns podem ir facilmente dos 200 aos 1 000 euros, mas há opções a quase 5 000 euros.
A rapidez no momento de começar a grelhar e a maior facilidade de limpeza fazem dos modelos a gás os preferidos dos portugueses. Os barbecues em inox e com grelhas em ferro fundido (gama premium) garantem ainda uma maior durabilidade, assevera o vendedor. Já os grelhadores elétricos, sem fumo, são mais procurados para uso em interiores ou para transportar.
A forma mais natural
Em desuso estão cada vez mais os grelhadores a carvão. Quem o lamenta é
o chefe Samuel Barros, da steakhouse Fornalha em Matosinhos e do Brazilian Barbecue Festival, que tem a segunda edição de 6 a 8 de setembro, no Parque da Cidade de Paredes.
Em primeiro lugar, aconselha as “parrilhas” a lenha, que usa no restaurante, e logo de seguida os grelhadores a carvão. “É a forma mais natural de grelhar, sem manipulação”, defende o chefe. Contudo, admite outras formas. Sublinha que “os fatores determinantes num churrasco são o tempo, a temperatura e a distância à fonte de calor. O que é fechado [com tampa] é um forno e o que as pessoas procuram é um grelhado. Quando grelhamos, dá-se uma reação química que, simplificando, converte as moléculas de açúcar em caramelo, que é o que dá sabor”, explica Samuel Barros, que promove workshops de carnes no Fornalha para quem quiser aprender a fazer um churrasco à moda sul-americana. ●m
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