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DAS CARTAS À MONARQUIA

- Por Pedro Lamares Escolhas do ator

DIXIT

Comecei a educar o pequeno Bowie no mês em que a pandemia chegou a Portugal, trazendo o confinamen­to. O Bowie apresentou-me aos cães que moravam na vizinhança. Os cães apresentar­am-me aos vizinhos, alguns de há tantos anos, que eu vergonhosa­mente não conhecia. Com o primeiro desconfina­mento começámos a fazer pequenos jantares em minha casa. O programa favorito: jogar Dixit. A beleza das cartas, a variedade de leituras e a cumplicida­de das referência­s ajudaram a transforma­r sete vizinhos em sete amigos.

THE CROWN

A Lúcia Moniz, seguida dos amigos da equipa com quem faço o “Nada será como Dante”, tanto insistiu que comecei, finalmente, a ver “The Crown”. Meia culpa da minha compulsão, outro tanto para o confinamen­to, sorvi quatro temporadas em poucas semanas. Um republican­o viciado na monarquia inglesa. Que série extraordin­ária. Atores, direção de arte, fotografia, guião. Uma escola ao bom género das boas produções inglesas.

CONTRALUZ

É o disco de estreia do Rui David. Uma estreia que leva consigo 25 anos a fazer música, nos primeiros 15 em segundo plano do jornalismo. Tinha já sido o escolhido do Jorge Palma para interpreta­r “Sem medo” no Festival da Canção. Ao Palma juntam-se, a escrever para o Rui, figuras como Miguel Araújo, Manel Cruz, Carlos Tê e Francisca Camelo (cujo último livro de poemas está a transforma­r-se na minha mais recente obsessão: “A importânci­a do pequeno-almoço”). O Rui David é um intérprete excecional e a direção musical do disco é do Peixe (dos Ornatos Violeta). Se o ouvisse em vinil já teria aberto sulcos.

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