O Jogo

UMA VIAGEM NO CAOS

Boa parte da ligação de Hamilton a Dunedin foi passada a digerir as notícias sobre a dança de bancos que agitou Portugal

- MÓNICA SANTOS

De Hamilton a Dunedin, as referência­s dos sub-20 mudaram: os cinco de Jesus passam a ser de Rui Vitória, na Luz. Ivo Rodrigues e Vigário podem contar como é ele, que os treinou em Guimarães A instabilid­ade marcou as últimas horas em Dunedin, a cidade que ontem acolheu a Seleção de sub-20 na preparação do terceiro jogo do Grupo C do Mundial de sub-20 da Nova Zelândia. Uma chuva torrencial sem precedente­s, que caiu durante um dia inteiro, fez com que a cidade costeira da região de Otago amanhecess­e ontem virada do avesso, sensação que muitos dos jogadores de Hélio Sousa terão também experiment­ado, muito antes de chegarem ao ponto mais a sul do mapa do torneio, ao saberem da dança de cadeiras no topo da I Liga.

De repente, os cinco benfiquist­as deixaram de ter Jorge Jesus como referência para a conquista de um lugar no plantel da próxima época: Jo ã o Nunes, Rebocho, Raphael Guzzo, Nuno Santos e Gonçalo Guedes responderã­o perante Rui Vitória, depois do Mundial e das férias, o que há de ter soado bem. Afinal, foi o trabalho sensaciona­l com jogadores jovens que pôs em evidência a superior qualidade do novo treinador do Benfica, designadam­ente em Guimarães, onde Ivo Rodrigues (cedido pelo FC Porto, na segunda volta do campeonato) e João Vigário trabalhara­m com ele. Quanto aos sportingui­stas Riquicho, Domingos Duarte, Gelson Martins e Guilherme Oliveira, terão de adotar o até agora rival, que fez de Gonçalo Guedes, o mais novo desta equipa de sub-20, campeão nacional, embora não tenha a aposta em jovens como imagem de marca.

Com as notícias a suceder e m- s e do outro la do do mundo, a viagem dos sub-20 começou ao final da manhã do dia seguinte à goleada ( 4-0) ao Catar, que isolou Portugal na liderança do Grupo C, com dois pontos de vantagem sobre a Colômbia, o adversário de amanhã, no Otago Stadium. A Seleção fez es ca la em Christ church (1h45 de voo) e depois passou mais 60 minutos no ar, até aterrar em Dunedin. Na descida, já sem chuva e com as nuvens ao largo, eram visíveis os campos inundados. A cidade, essa, já estava recomposta do caos da noite anterior, que afetou sobretudo a zona sul. No entanto, os relvados à entrada da cidade permanecia­m alagados – o que não representa­rá um problema para o desafio com a Colômbia, uma vez que o Otago Stadium, o recinto desportivo profission­al situado mais a sul no planeta, é o único estádio coberto deste Mundial, pelo que as equipas estarão a salvo das inundações e das baixas temperatur­as do inverno da Ilha Sul da Nova Zelândia, onde ontem a máxima foi de nove graus e a mínima de quatro. Nos próximos dias não se preveem tempestade­s, a menos que o mercado volte a abanar do outro lado do planeta.

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Enviada especial em Dunedin (Nova Zelândia)

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