O Jogo

Jesualdo Ferreira sagra-se campeão

O empate do Al-Ahly (1-1) permitiu ao Zamalek fazer a festa do 12.º campeonato no hotel, onde estagiava para o jogo de hoje

- PEDRO RIBEIRO

Após 11 anos de espera, o Zamalek volta a conquistar o campeonato egípcio. “Não estava muito no programa que acontecess­e hoje [ontem]”, confessou o treinador, ainda surpreendi­do, a O JOGO

Chegar, ver e vencer. O ditado é recorrente, mas aplica-se em pleno a Jesualdo Ferreira. O treinador português assinou pelo Zamalek em fevereiro e ontem sagrou-se campeãodo Egitomesmo­sem jogar. Com dois jogos ainda pela frente, a equipa do treinador português viu o rival Al-Ahly empatar surpreende­ntementeem casa com o Smouha (1-1) e entregar o título: faltalhe apenas um jogo e já não pode recuperar os cinco pontos de desvantage­m. Um resultado que surpreende­u Jesualdo Ferreira. “Não estava muito no programa que acontecess­e hoje [ontem]”, confessou o treinador português a O JOGO, minutos depois de ter tomado conhecimen­to do resultado do Al-Ahly, que na jornada anterior venceu o Zamalek por 2-0. Ainda assim, no hotel onde a equipa do Zamalek se encontrava concentrad­a houve festejos comedidos, admitiu o técnico, porque hoje há jogo com o ElGaish, no Cairo.

“Foi a recompensa do trabalho efetuado”, realçou Jesualdo Ferreira, sublinhand­o a jus- Com o título de ontem, Jesualdo soma o quarto campeonato no palmarés. Os três anteriores foram ao serviço do FC Porto teza do triunfo na prova. “Fomos os melhores no campeonato. Estou muito feliz, tanto pelos jogadores, como pelos adeptos do Zamalek. Já mereciam ser campeões”, prosseguiu o treinador, aludindo aos onze anos de jejum: desde 2004 que o Zamalek não conquistav­a um título e o de ontem é 12.º do seu palmarés.

Tricampeão ao serviço do FC Porto (2007, 2008 e 2009), Jesualdo Ferreira somou o seu primeiro grande título no estrangeir­o. Feito que o enche de orgulho. “Eu e a minha equipa técnica [Nuno Almeida e Pedro Rebocho] somos portuguese­s a trabalhar num país difícil. Ser campeão em qualquer parte do mundo é complicado. Mesmo em África, apesar de muitos dizerem o contrário. O Manuel José sabebemdes­sasdificul­dades”, sublinhour­ecordandoo trabalho do compatriot­a no rivalAlAhl­y, onde foi sete vezes campeão egípcio.

“Conquistar o quarto título de campeão como treinador principal e nesta fase da carreira é giro”, acrescento­u Jesualdo Ferreira, que está a ser pressionad­o pelos adeptos para renovar o contrato. Uma situação que, garante, só vai ponderar após o jogo de hoje com o El Gaish.

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Jesualdo Ferreira celebra como os jogadores a conquista

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