PRIMEIRO SUCESSO NA ALTA MONTANHA
Após perder a final de Umag, ao nível do mar, João Sousa voltou aos triunfos, a 1050 metros de altitude, no Open da Suíça
A disputar, pela primeira vez, um torneio ATP na Suíça, João Sousa sentiu ontem naturais problemas de adaptação às condições de jogo em Gstaad, nos Alpes, no segundo evento mais alto do planeta
Do mar para a montanha, pode parecer um qualquer roteiro turístico, mas está longe de o ser para João Sousa. É, isso sim, a mais violenta mudança na sua carreira, em termos de características de jogo. Na semana passada, no Open da Croácia, em Umag, onde foi finalista, o vimaranense atuou ao nível do mar. Ontem, no Open da Suíça, em Gstaad, sentiu os efeitos do torneio europeu que se disputa a maior altitude (1050 metros) e que no calendário é apenas superado pelos 2625 metros de Bogotá, na Colômbia.
Foi, pois, perante uma duríssima transição e apenas um dia de intervalo – cumprido quase por inteiro com a viagem – que o atual 43.º melhor tenista do ranking ATP ganhou ao convidado suíçoHenri Laaksonen (337.º), por 6-2 e 7-5, em 2h25.
Para além da altitude, que torna a bola mais rápida, o court central do torneio que comemora 100 anos apresentou-se seco e irregular, levando o português a passar por alguns apuros num segundo set em que, depois de desperdiçar seis pontos de break, a 3-3, salvouum par deles a 4-5, ou seja, fintou dois set points.
“Sem dúvida que a minha adaptação foi bastante difícil, pois aqui as condições são realmente muito diferentes.A altitude torna a bola mais viva, o piso é bastante mais seco e a garganta fica também mais seca”, começou por afirmar a O JOGO. “O primeiro set correu muito bem, o segundo não tão bem como desejava, mas o importante foi ser capaz de vencer, mesmo sem apresentar o nível de jogo que tenho vindo a exibir”, acrescentou.
Hoje, associado ao sérvio Dujan Lajovic, entra em cena no quadro de pares, enquanto amanhã discute o acesso aos quartos de final de singulares, diante do usbeque Denis Istomin (70.º).