Maccabi: o protótipo da “equipa-bloco” israelita O
futebol israelita volta a surgir na elite da Champions. O atual Maccabi Telavive é uma equipa bastante compacta a defender, altura em que se fecha numa espécie de “caverna defensiva” em 4x5x1. É este o plano tático do sérvio Slavisa Jokanovic, o novo treinador. Embora sem brilhar pela habilidade, o estilo israelita sempre foi essencialmente técnico, adepto da posse e de jogo apoiado (estruturalmente em ritmos baixos). Este Maccabi é, na base, essa imagem, mas tem na frente o, talvez, melhor jogador israelita da atualidade: Ener Zahavi, que, experiente (28 anos) também pode jogar como segundo-avançado, entrando desde trás. A sua velocidade de desmarcação em espaços curtos e finalização na passada são mortíferos. Tem bons médios para o servir nesse estilo, através da qualidade do passe, onde se destaca um interior-direito sérvio que há dois anos Paulo Sousa levou do Videoton: Mitrovic. Ele é a fonte criativa (pelo passe) do onze, que mantém sempre atrás como grande equilibrador o “catedrático” trinco-pivô Alberman. Mais lento e com jogo de cintura pesado no eixo da defesa, com o pesado central Ben Haim, velho combatente do futebol israelita, ganha consistência sem bola pela forma como os seus alas (Ben Haim II e Rikan) defendem e recuam, sem bola a fazer o tal “5” no meio-campo. Foi assim que marcou (três golos do seta experiente Zahavi) e segurou a vantagem com o Basileia. O futebol suíço ficou fora dos grupos numa era em que perdeu dinâmica de transição rápida defesaataque. Tem um grande projeto de 9 (Embolo, camaronês naturalizado suíço, 18 anos, que entrou nas escolas do Basileia com 13 anos), mas que foi aprisionado durante todo o tempo pelas compactas linhas defensivas israelitas. Em suma: o Maccabi é o exemplo perfeito de uma equipa-bloco.