"Precisamos de um grande jogo"
Treinador ainda não se vê, como Mourinho, a disputar primeiro lugar do grupo com o Chelsea
Zahovic (1998/99) foi o único portista a fechar a primeira volta da fase de grupos com quatro golos marcados. Brahimi (três) ficou perto de o igualar na última época. Hoje será a vez de o camaronês tentar
Fez na sexta-feira um mês desde que os adeptos do FC Porto viram pela última vez um golo de Aboubakar. O bis assinado em Kiev, contra o Dínamo, na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, pôs um ponto fi
nal no arranque fulgurante do camaronês, que nem ao serviço da seleção foi capaz de interromper esta seca. Hoje, porém, até terá um bom incenti- vo para o fazer, uma vez que tem a hipótese de alcançar algo raro nas participações dos dragões na prova: terminar a primeira volta desta fase com quatro golos. Para isso, “só” terá de bisar com o MaccabiTelavive, um adversário que os portistas respeitam, mas que historicamente é a equipa mais frágil do Grupo G.
Desde que a Champions adotou o atual formato, em 1991, só um jogador do FC Porto concluiu a primeira volta da fase de grupos com um registo de quatro golos. Essa proeza foi assinada por Zahovic, na época de 1998/99, por ter faturado em todos os encontros: Olympiacos (um), Ajax (um) e Dínamo de Zagreb (dois), respetivamente. Brahimi foi o último de uma lista que inclui nomes como Jackson, Artur ou Jardel a ameaçar este registo do internacional esloveno, mas, tal como o colombiano e os dois brasileiros, também o argelino ficou à porta: só fez três (BATE Borisov).
A menos que alguém alcance um póquer ou que André André assine um hat trick,
Aboubakar é quem está mais perto de igualar Zahovic.O camaronês será titular com o Maccabi, depois de ter sido poupado na Taça de Portugal, com o Varzim, até porque a importância que tem na equipa não se resume aos golos que marca. Na conta pessoal, soma também uma assistência, além de os movimentos que realiza abrirem muitas brechas na defesa dos adversários, permitindo o aparecimento dos médios ou dos extremos para finalizar. Nesse aspeto, Jesús Corona (quatro golos) e André André (três) têm sido os mais aproveitadores. No entanto, os adeptos esperam sempre golos de um ponta de lança. E muitos, de preferência.