Arbitragem irrita axadrezados
Mudou o treinador, mas, o futebol do Boavista continua pobre, embora esforçado. Nwofor marcou um golo feliz, antes de ser sacrificado pela precipitação de Inkoom
A estreia de Erwin Sanchez na segunda passagem pelo banco do Boavista valeu umponto, comumado se da felicidade que faltou tantas vezes ao antecessor, Petit, e outra do sofrimento que marca esta temporada axadrezada e que o Estoril, a atravessar um jejum de vitórias que já dura desde a quinta ronda, não foi capaz de explorar.
A primeira versão do xadrez de Sanchez, em 4x4x2, teve Gideão na baliza em vez de Mika, com um par de saídas assustadoras a sublinhar o carácter surpreendente da opção, mas, sem comprometer. Paulo Vinícius foi o rosto da segurança defensiva da equipa do Bessa, que entrou em campo com um ataque desgarrado, embora esforçado. Este último predicado explica a vantagem garantida por Nwofor, ao aproveitar uma falha dos centrais do Estoril para, depois de ver a bola bater na barra, festejar o primeiro golo de uma época que, devido a lesão, leva apenas três jogos. No de ontem, o ganês viu-se sacrificado ainda antes do intervalo. Dez minutos depois do golo, a expulsão de Inkoom, por acumulação de amarelos – tal como sucedeu na derrota caseira com o Paços de Ferreira –, levou Sanchez a trocar o avançado por Hackman, central adaptado ao lugar do lateral cuja indisciplina deu ao Estoril alento para recuperar a igualdade, que chegou em cima do intervalo, num penálti que Henrique jurou não ter cometido e Léo Bonatini converteu no 1-1.
A segunda parte tinha tudo a favor de uma reacção do Estoril,no entanto, o jogo raramente passou do meio-campo, faltoso q.b. (Taira foi expulso perto do fim) e sem soluções para criar desequilíbrios nas áreas. Com o visitante a apresentarse demasiado confortável com o empate, o Boavista atacou com o coração e acabou como tem sido costume, a queixar-se do árbitro por uma alegada grande penalidade de Kieszek numa das tentativas de José Manuel de chegar à vitória que foge há oito jornadas.