O Jogo

“Espero ver um Sporting campeão”

Médio do Tottenham gostaria de reencontra­r os leões na Liga Europa. A par das novidades, elogia Jesus e deixa um desabafo

- HUGO SOUSA, em Londres

“Jesus? Fiquei surpreendi­do. Acho que ficou toda a gente. Tem feito um bom trabalho. O treinador é bom e os jogadores que contratara­m também” “Seria muito bom reencontra­r o Sporting na Liga Europa, voltar a casa, mas vamos ver...” Eric Dier Jogador do Tottenham

O médio inglês admite o encanto com a ideia de “voltar a casa” para um jogo das competiçõe­s europeias, cruzando-se com os sportingui­stas. “Seria difícil, mas bom ao mesmo tempo...”

O português de Eric Dier continua sem ferrugem e a recomendar-se. No parque de estacionam­ento de White Hart Lane, já com a vitória sobre o Mónaco digerida, embora lhe tenha custado uma substituiç­ão precoce a título preventivo, porque Mauricio Pochettino não quis arriscar uma recaída, depois de o ter visto sofrer uma entrada dura ainda na primeira parte, o agora médio do Tottenham não hesita quando é abordado. “Falar em português? Para Portugal? Sim, claro”, prontifica-se. E é mesmo ali, à chuva, sem pressas, naquela que pode ser vista como a melhor prova de readaptaçã­o aos humores do clima inglês, depois de quase uma vida inteira habituado ao clima menos agreste de Portugal, que a conversa avança.

A vitória do Sporting sobre o Besiktas tinha apenas uns minutos, porque o jogo do Tottenham começara à mesma hora. “Não sabia que tinham passado”, confessa Dier a O JOGO, abrindo logo um sorriso de orelha a orelha com a notícia. “Seria muito bom reencontra­r o Sporting na Liga Europa; difícil, mas bom ao mesmo tempo”, suspira, rematando com uma ponta de saudade: “Era bom voltar a casa, mas vamos ver...”

Se assim fosse, o treinador dos spurs teria um belíssimo aliado no estudo do adversário. Dier está por dentro dos assuntos de Alvalade, apesar de um início de resposta algo modesto. “Sempre que posso, acompanho o que se passa”, diz a medo, mas depois começa a desbobinar o que sabia e, em resumo, sabe o suficiente para não ser apanhado despreveni­do. “Não, não estou mui- to surpreendi­do com o que têm feito no campeonato ”, admite. E arrisca até uma explicação :“O treinado ré bom e os jogadores que contratara­m também.” Emenda um bocadinho logo a seguir, para não parecer deselegant­e. “Já tinham bons jogadores antes, agora têm mais ainda. Por isso não me tem surpreendi­do o que vão fazendo”, remata.

De boca aberta, confessa, ficou há uns meses, no princípio de tudo, quando o verão escaldava e se soube que Jesus trocava de emblema na Segunda Circular. “Isso, sim, fiquei surpreendi­do. Mas acho que ficou toda a gente”, dispara, com uma entoação interrogat­iva, à espera de encontrar eco em quem perguntava. “Jesus tem feito um bom trabalho”, elogia, confessand­o-se “muito contente” com o que tem visto. Na despedida, ensaia um desabafo: “Espero que seja desta que vejo um Sporting campeão.” A Liga Europa é outra história, porque, aí, Dier sonha em causa própria.

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