O Jogo

“NÃO HÁ CAMPEÕES DE INVERNO”

Perto de cumprir seis meses na Luz, recusa fazer balanços, frisando que as contas são feitas no final da época

- MARCO GONÇALVES

“Não me interessa nada pensar no União se este jogo não for conquistad­o. A preocupaçã­o é atacar o V. Setúbal” Rui Vitória Treinador do Benfica

Garantindo que não está preocupado quanto a reforços, antes destacando os jovens que se têm afirmado no Benfica, Rui Vitória reconhece que o projeto encarnado não é fácil, mas promete paixão total

Sem receio da boa fase do V. Setúbal, Rui Vitória lembra a vitória difícil em Braga.

Vai cumprir seis meses no Benfica na próxima terçafeira, com o União da Madeira. Que balanço faz nesta altura?

—Não existem campeões de inverno. Nunca gostei de ouvir falar em campeões de inverno, nem de antes ou depois do Natal. Vivo o Benfica intensamen­te, das 8h00 às 20h00, trabalhand­o muito e fazendo com que toda a gente acredite no que temos vindo a fazer. No final faremos o balanço.

Mitroglou e Jiménez são reforços que têm rendido, mas há outros que nem tanto. Sente que precisa e tem condições para ter reforços em janeiro?

—As questões do mercado e do plantel são temas internos. Trabalho de forma apaixonadí­ssima para arranjar as melhores soluções , seja com mais ou menos jogadores, mais ou menos novos, com ou sem aquisições. Se não tivermos aquisições a render, sejam elas Mitroglou, Jiménez ou outros, isso pode acontecer no futuro. Mas se não tivermos esses, temos jovens valores, que acabaram por aparecer para o futebol português e que têm sido mais-valias para a nossa equipa – é visto desta perspetiva. Adoro o projeto Benfica. É difícil, mas todos sabemos que, nos grandes clubes, não é fácil.

Após a derrota com o Sporting, o Benfica leva quatro vitórias seguidas na Liga. Está encontrado o equilíbrio?

—É consequênc­ia do trabalho dos jogadores. É o cimentar do que estamos a fazer e ficamos satisfeito­s quando há maior estabilida­de, quando há uma continuida­de de resultados, e

“Mercado? Se não tivermos aquisições a render, temos jovens valores”

quando vimos jogadores mais jovens a aparecer e mais portuguese­s na equipa.

O V. Setúbal está invencível em casa. Será um dos jogos mais difíceis da Liga?

—Todos os jogos são difíceis. O nosso papel é saber o que o adversário tem de bom e mau e ir à procura da vitória insistente­mente. Já tivemos jogos difíceis. Fomos a Braga, um adversário que tem sido nos últimos anos muito complicado para o Benfica, e fomos lá ganhar. O V. Setúbal está a fazer um bom campeonato, vai querer aproveitar par amostrar o que está a fazer. Temos de ser iguais a nós próprios, nada muda a nossa filosofia.

Vai gerir o esforço dos jogadores, em função do jogo com o União?

—Temos de analisar o que cada jogador pode render, o seu estado físico e mental, e tomar decisões. Mas não me interessa nada pensar no União se este jogo não for conquistad­o: a preocupaçã­o é atacar o V. Setúbal.

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