“NÃO HÁ CAMPEÕES DE INVERNO”
Perto de cumprir seis meses na Luz, recusa fazer balanços, frisando que as contas são feitas no final da época
“Não me interessa nada pensar no União se este jogo não for conquistado. A preocupação é atacar o V. Setúbal” Rui Vitória Treinador do Benfica
Garantindo que não está preocupado quanto a reforços, antes destacando os jovens que se têm afirmado no Benfica, Rui Vitória reconhece que o projeto encarnado não é fácil, mas promete paixão total
Sem receio da boa fase do V. Setúbal, Rui Vitória lembra a vitória difícil em Braga.
Vai cumprir seis meses no Benfica na próxima terçafeira, com o União da Madeira. Que balanço faz nesta altura?
—Não existem campeões de inverno. Nunca gostei de ouvir falar em campeões de inverno, nem de antes ou depois do Natal. Vivo o Benfica intensamente, das 8h00 às 20h00, trabalhando muito e fazendo com que toda a gente acredite no que temos vindo a fazer. No final faremos o balanço.
Mitroglou e Jiménez são reforços que têm rendido, mas há outros que nem tanto. Sente que precisa e tem condições para ter reforços em janeiro?
—As questões do mercado e do plantel são temas internos. Trabalho de forma apaixonadíssima para arranjar as melhores soluções , seja com mais ou menos jogadores, mais ou menos novos, com ou sem aquisições. Se não tivermos aquisições a render, sejam elas Mitroglou, Jiménez ou outros, isso pode acontecer no futuro. Mas se não tivermos esses, temos jovens valores, que acabaram por aparecer para o futebol português e que têm sido mais-valias para a nossa equipa – é visto desta perspetiva. Adoro o projeto Benfica. É difícil, mas todos sabemos que, nos grandes clubes, não é fácil.
Após a derrota com o Sporting, o Benfica leva quatro vitórias seguidas na Liga. Está encontrado o equilíbrio?
—É consequência do trabalho dos jogadores. É o cimentar do que estamos a fazer e ficamos satisfeitos quando há maior estabilidade, quando há uma continuidade de resultados, e
“Mercado? Se não tivermos aquisições a render, temos jovens valores”
quando vimos jogadores mais jovens a aparecer e mais portugueses na equipa.
O V. Setúbal está invencível em casa. Será um dos jogos mais difíceis da Liga?
—Todos os jogos são difíceis. O nosso papel é saber o que o adversário tem de bom e mau e ir à procura da vitória insistentemente. Já tivemos jogos difíceis. Fomos a Braga, um adversário que tem sido nos últimos anos muito complicado para o Benfica, e fomos lá ganhar. O V. Setúbal está a fazer um bom campeonato, vai querer aproveitar par amostrar o que está a fazer. Temos de ser iguais a nós próprios, nada muda a nossa filosofia.
Vai gerir o esforço dos jogadores, em função do jogo com o União?
—Temos de analisar o que cada jogador pode render, o seu estado físico e mental, e tomar decisões. Mas não me interessa nada pensar no União se este jogo não for conquistado: a preocupação é atacar o V. Setúbal.