NA EUROPA PARA O ANO
Ao aplicar “25 a 30 por cento do orçamento para pagar dívidas que estão para trás”, o responsável máximo do clube do Restelo perspetiva “resultados desportivos ainda mais expressivos”
O Belenenses despediuse com honra da Liga Europa. O sonho de continuar em prova terminou anteontem, em Florença, onde a equipa perdeu por 1-0 com a Fiorentina de Paulo Sousa, ficando em último lugar no Grupo I. Rui Pedro Soares, presidente do Belenenses, ficou orgulhoso da equipa de Sá Pinto. “Estivemos muito bem representados, com jogadores fantásticos. Foram cinco meses de sonho, de grande ilusão e fomos muito além do que se perspetivava”, defendeu. “Foi uma primeira participação, importante, porque apenas três anos depois do cenário real em que o Belenenses esteve para desaparecer, este é mais um passo no crescimento”, lembrou.
A ambição de evoluir ficou bem definida após a derrota com a Fiorentina, como adiantou Rui Pedro Soares na conversa exclusiva com O JOGO, na viagem de regresso de Itália. “No final do jogo, no balneário, definimos que vamos fazer tudo para voltar à Europa no próximo ano. Fomos um excelente representante de Portugal, conseguimos pontos para o ranking da
Com 3,5 milhões ganhos na Liga Europa, diminuiu o passivo: 7 milhões no início da época e 10 há três anos
UEFA e deixámos uma boa imagem em todos os países. Isso deixa-me muito emocionado”, deixou escapar, mostrando-se “convencido” de que “a recuperação na Liga vai começar agora”.
O total da participação na Liga Europa rendeu 3,5 milhões de euros ao Belenenses. “Veio ajudar a diminuir o passivo”, salientou Rui Pedro Soares. “Quando entrámos [em 2012], tínhamos dez milhões de euros de passivo, cem mil euros de défice mensal, e isto ajuda a estabilizar um pouco mais cedo”, explicou, recordando que “foi paga metade da dívida às finanças – da responsabilidade de administrações anteriores –, ou seja, foram pagos 825 mil euros extraordinariamente e outras dívidas anteriores”. O presidente do Belenenses assumiu que vai continuar a aplicar “25 a 30 por cento do orçamento para pagar dívidas do passado e assim construir um futuro melhor, que permita resultados desportivos ainda mais expressivos”.