Ogier vence no arranque
Bilhetes esgotados para a especial do Porto
Lousada teve 15 mil a aplaudir o início do 50.º Rali de Portugal, que gera expectativa pelos indícios de equilíbrio de forças e pela estreia da classificativa do Porto, que esgotou os bilhetes
Pela manhã, o melhor tempo do belga Thierry Neuville, no Shakedown, foi um indicador; à tarde, em Lousada, e com Sébastien Ogier a andar a sério, o VW Polo do campeão mundial foi o mais rápido, é certo, mas o Hyundai ficou a menos de um segundo. E a seguir colocou-se o de Dani Sordo, à frente dos restantes VW oficiais. O Rali de Portugal só teve 4,6 quilómetros ao cronómetro, mas deu um sinal de equilíbrio que pode ampliar o entusiasmo para hoje, dia de ronda pelo Alto Minho com final na classificativa de cidade no centro do Porto, aquela que gera a restante expectativa, não pela influência que terá nos resultados – quase nenhuma, se os concorrentes não tiverem azares – mas pela previsível espetacularidade.
“Tive um problema na partida. O turbo não funcionava. Não sei o que se passou, mas depois ficou tudo bem”, afirmou Ogier mal parou o carro em Lousada, sob os aplausos dos 15 mil presentes, pois acabara de fazer melhor tempo do que Hayden Paddon, o neozelandês que o batera na prova anterior, o Rali da Argentina. O eventual problema do VW fez pensar o que valeria o tricampeão mundial andando em pleno, mas a verdade é que, hoje, ele estará limitado, por o regulamento obrigar o líder do Campeonato do Mundo a ser o primeiro na estrada, posição que o prejudica. O francês bem pediu chuva, mas se amanhã é possível que isso aconteça, hoje prevê-se um dia seco no Alto Minho.
Se Paddon foi apenas sétimo, Thierry Neuville e Dani Sordo prometeram dar luta aos VW. “Estou muito confiante”,
“Estou muito confiante e gostei de um início com tantos espectadores”
Thierry Neuville Hyundai i20 WRC
disse o belga, que não foi inscrito para pontuar para a equipa – Paddon e Sordo serão os “oficiais” da Hyundai –, mas conta ter em Portugal “a sorte que tem faltado”. Já Sordo, bem à espanhola, promete ir “correr a top”.
Os primeiros sinais mostraram ainda Citroën e Ford um pouco aquém das duas equipas que mais apostam no Mundial de ralis, mas pilotos como Kris Meeke nunca podem ser ignorados. Hoje, com duas etapas de 64 quilómetros cada pelos três troços do Alto Minho, já se saberá o que cada um está realmente a andar.