O Jogo

Ogier vence no arranque

Bilhetes esgotados para a especial do Porto

- CARLOS FLÓRIDO ANTÓNIO G. RODRIGUES

Lousada teve 15 mil a aplaudir o início do 50.º Rali de Portugal, que gera expectativ­a pelos indícios de equilíbrio de forças e pela estreia da classifica­tiva do Porto, que esgotou os bilhetes

Pela manhã, o melhor tempo do belga Thierry Neuville, no Shakedown, foi um indicador; à tarde, em Lousada, e com Sébastien Ogier a andar a sério, o VW Polo do campeão mundial foi o mais rápido, é certo, mas o Hyundai ficou a menos de um segundo. E a seguir colocou-se o de Dani Sordo, à frente dos restantes VW oficiais. O Rali de Portugal só teve 4,6 quilómetro­s ao cronómetro, mas deu um sinal de equilíbrio que pode ampliar o entusiasmo para hoje, dia de ronda pelo Alto Minho com final na classifica­tiva de cidade no centro do Porto, aquela que gera a restante expectativ­a, não pela influência que terá nos resultados – quase nenhuma, se os concorrent­es não tiverem azares – mas pela previsível espetacula­ridade.

“Tive um problema na partida. O turbo não funcionava. Não sei o que se passou, mas depois ficou tudo bem”, afirmou Ogier mal parou o carro em Lousada, sob os aplausos dos 15 mil presentes, pois acabara de fazer melhor tempo do que Hayden Paddon, o neozelandê­s que o batera na prova anterior, o Rali da Argentina. O eventual problema do VW fez pensar o que valeria o tricampeão mundial andando em pleno, mas a verdade é que, hoje, ele estará limitado, por o regulament­o obrigar o líder do Campeonato do Mundo a ser o primeiro na estrada, posição que o prejudica. O francês bem pediu chuva, mas se amanhã é possível que isso aconteça, hoje prevê-se um dia seco no Alto Minho.

Se Paddon foi apenas sétimo, Thierry Neuville e Dani Sordo prometeram dar luta aos VW. “Estou muito confiante”,

“Estou muito confiante e gostei de um início com tantos espectador­es”

Thierry Neuville Hyundai i20 WRC

disse o belga, que não foi inscrito para pontuar para a equipa – Paddon e Sordo serão os “oficiais” da Hyundai –, mas conta ter em Portugal “a sorte que tem faltado”. Já Sordo, bem à espanhola, promete ir “correr a top”.

Os primeiros sinais mostraram ainda Citroën e Ford um pouco aquém das duas equipas que mais apostam no Mundial de ralis, mas pilotos como Kris Meeke nunca podem ser ignorados. Hoje, com duas etapas de 64 quilómetro­s cada pelos três troços do Alto Minho, já se saberá o que cada um está realmente a andar.

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