O Jogo

Já há público por todo o lado

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F inalmente já tivemos o primeiro cheirinho de rali e, como previsto, a envolvênci­a é o máximo. Há público por todo o lado. Em Guimarães, a partida estava completame­nte cheia de gente. Tudo isto é importante para os patrocinad­ores e as pessoas gostam de ver público. Para além disso, estamos a ter um apoio forte por parte dos portuguese­s. Isso sente-se e quero agradecer, pois o apoio do público dá-nos a energia extra que muitas vezes necessitam­os. Quanto ao rali, lembro-me ainda de correr a versão de “antigament­e”, há mais de 15 anos. Estas especiais são umas réplicas das dos anos anteriores. Temos dois troços novos no Minho e o Marão que na ‘minha’ época não fazíamos. Se me perguntare­m de qual gostava mais, o que posso dizer é que havia um troço ou outro que era acarinhado por todos. Mas o figurino deste rali está muito bem concebido.

As estradas são fechadas muito cedo e as pessoas têm de gostar mesmo deste desporto para fazerem tantos quilómetro­s a pé. É isso que faz a diferença

Quanto à envolvênci­a, aí sim noto bastantes diferenças. Ao Rali de Portugal ainda falta ir a Arganil, que é uma parte mítica desta prova. Para além disso, hoje em dia, vê-se muita gente mas as pessoas, antigament­e, estavam mais perto da estrada. Lembro-me de um troço em Arganil em que não se via mais de cem metros da estrada, que estava completame­nte bloqueada de público e, conforme passávamos, a estrada aparecia. Essa imagem ficou-me gravada na memória. As novas regras de segurança, impostas pela FIA, colocam o público muito longe da pista e dos pilotos. Por um lado é bom. Mas, por outro, muda um pouco o carisma desta prova. Esses tempos não voltam. Cada vez mais a segurança é o foco e, para isso, o público tem de estar longe da estrada. Por outro lado, as estradas são fechadas muito cedo e, para poderem chegar às especiais, as pessoas têm de andar muitos quilómetro­s a pé ou ir com muitas horas de antecedênc­ia. As pessoas têm de gostar mesmo deste desporto para fazerem tantos quilómetro­s a pé. E é isso que faz a diferença.

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