Retorno grande compensa risco
Surpresa do dia foi Diogo Salvi, que pediu o regresso do Nacional ao Rali de Portugal
Opiniões dividem-se quanto ao facto de o Rali de Portugal não pontuar para o Campeonato Nacional. O enorme retorno que proporciona faz contrapeso com o triplo dos custos que implica
Diogo Salvi nem queria acreditar quando soube que tinha sido o mais rápido dos portugueses presentes no Rali de Portugal. O piloto-empresário estreou ontem um novo Skoda Fabia e deuse bem. “A pista estava um pouco escorregadia, mas o carro é fantástico”, exultou. Agora é tempo de descer à terra. “Expectativas? Nenhumas. É divertir-me ao máximo e tentar andar o mais depressa possível”, atirou a sorrir. Ser o melhor dos portugueses é, assumidamente, missão impossível. “É a quadratura do círculo, uma impossibilidade”, garante, com a mesma convicção com que defende que esta prova deveria ser pontuável para o Campeonato Nacional. “É uma prova magnífica, os troços estão fantásticos. A ver se no próximo ano conta ”, pede.
José Pedro Fontes, que ontem abriu as hostilidades num “mano a mano” com Miguel Campos, em Lousada, concorda. “Este desporto vive de patrocínios e os patrocinadores querem os grandes eventos. Se queremos fazer evoluir a modalidade, temos de estar nos grandes eventos”, sublinha, acreditando que até seria “mais fácil arranjar apoios” se esta prova fosse pontuável para o campeonato português. Ainda assim, admite que ser campeão nacional “dá mais retorno”. “Mas se pudermos aliar isso ao Rali de Portugal, era fantástico”, frisa.
Quem não concorda é Miguel Campos, que este ano ainda procura apoios para poder fazer todas as provas e lutar pelo título. “É uma prova muito grande. Os custos triplicam e são excessivos”, diz. Para além disso, o Rali dos Açores está próximo e os carros têm de embarcar já na quarta-feira. Campos espera um bom resultado para tentar fechar o orçamento e fazer a época completa, até porque é... segundo.
“É uma prova magnífica e os troços estão fantásticos”
Diogo Salvi Skoda Fabia R5