“Não olho para mim como a estrela da equipa”
Troy DeVries, chegado em março, foi um reforço certeiro para o FC Porto, prometendo ser protagonista da final do play-off. Porém, a O JOGO, preferiu destacar o coletivo
É já amanhã que FC Porto e Benfica iniciam a corrida ao título nacional, com o atirador norte-americano a garantir, entre elogios aos colegas, que os dragões trabalharam arduamente para serem campeões
Chegado a Portugal em março para render o compatriota Seth Hinrichs, Troy DeVries não demorou a tornar-se a grande figura do FC Porto e da Liga Portuguesa. Em 14 jogos, o base-extremo de 33 anos chegou aos dois dígitos em 13, levando uma média de 20,8 pontos marcados. Quanto a triplos, a sua grande especialidade, já são 56 concretizados em 115 tentados, significando uma eficácia de 48,7 por cento. Por isso, é bem possível que seja pelas suas mãos que passem as decisões do título, cuja discussão arranca amanhã, contra o Benfica, na Luz.
Ainda assim, o norte-americano salienta em entrevista a O JOGO que é “apenas mais uma pessoa no grupo”. “Acredito que sou um líder, que influencia os outros de uma maneira positiva, mas eles também o fazem. Sem a equipa, os meus números baixavam drasticamente. Não olho para mim como a estrela. Precisamos de todos porque, se eu tiver um mau dia, podemos ganhar na mesma, ou posso ter uma grande exibição e perdermos”, justifica, defendendo que tamanha eficácia resulta de “uma mistura de trabalho árduo e crença”. “Nesta fase da minha carreira, já não contabilizo o número de lançamentos que faço nos treinos. Sei o que preciso de fazer, tenho a confiança necessária para lançar e o ‘feeling’ de que estou pronto a cada jogo”, acrescenta ainda.
Quanto à final contra o Benfica, DeVries conta que está recuperado da mazela que o afetou numa perna durante as “meias” e que a equipa está pronta, deixando elogios aos colegas, todos mais novos do que ele. “Estamos preparados. Trabalhamos no duro para sermos campeões, mal posso esperar para começar, respeitando sempre o adversário. A cultura de equipa aqui é fantástica: todos estão disponíveis para trabalhar e aprender.” “A final da Liga Portuguesa não se vai resumir a um [Daequan] Cook versus DeVries. Há muitos jogadores que podem ser decisivos”