O Jogo

Júlio Mendes admite perder Henrique Dourado

SAD pretende continuar a contar com o melhor marcador da equipa na época passada, mas há interessad­os com maior capacidade financeira. “Não vai ser fácil”, diz o presidente

- BRUNO CABRAL

Presidente do V. Guimarães garante que ainda não recebeu propostas por jogadores, sendo que há a necessidad­e de encaixar 2,5 milhões de euros com venda de ativos no defeso para equilibrar as contas

Emprestado pelo Mirassol, Henrique Dourado confirmou em Portugal os dotes de goleador e foi o melhor marcador do V. Guimarães na época passada: 12 golos. Não admira por isso que os minhotos pretendam a sua continuida­de, mas essa é uma hipótese muito remota, como reconheceu ontem o presidente Júlio Mendes. “Não vai ser fácil. Há outros clubes que estão na corrida e mais uma vez podemos perdê-la, não por não sermos melhores mas porque temos uma bolsa mais pequena”, referiu o dirigente em entrevista à Rádio Fundação, preferindo, por outro lado, não adiantar pormenores sobre Licá. “Temos alvos identifica­dos. Sabemos o que queremos e os que queremos dispensar. Vamos fazer tudo para os conseguir”, limitou-se a dizer Júlio Mendes em relação ao reforço do plantel. Vários jogadores do V. Guimarães têm sido apontados a outros clubes, nomeadamen­te Miguel Silva e Cafú. Júlio Mendes, no entanto, garante que ainda não aconteceu nada de concreto. “Não temos propostas. Ainda não apareceram propostas. Estou convencido de que vamos ter, mas não dentro dos valores que pretendemo­s. Só temos duas maneiras: ou dizemos que não vendemoset­emosdevero­nde vamos buscar o dinheiro ou então, contra a nossa vontade, vendemos pelo valor possível para mantermos o coração a bater”, adiantou, explicando que o V. Guimarães precisa de “um resultado líquido em venda de ativos de 2,5 milhões de euros para manter as contas equilibrad­as”. “Se forem dois milhões, também não morremos por isso”, frisou. Júlio Mendes revelou que o clube vai “ter um pouco mais de capacidade para investir no

Júlio Mendes futebol”, mas sempre dentro do rigor financeiro que tem pautado a sua gestão. “A cada ano que passa temos abatido o passivo e podemos investir mais meio milhão de euros no futebol. É importante? É, mas não garante nada”, sublinha, lembrando que a equipa principal custou na última época 3,5 milhões de euros. “Dos 13 primeiros classifica­dos, duvido que haja mais do que um que invista menos [do que o V. Guimarães]. Estamos a competir de igual para igual. Somos de facto, em dimensão social, o quarto clube português, mas os concorrent­es têm tanto dinheiro como nós”, vincou, fazendo uma comparação com o Braga. “O rival deve gastar quatro vezes mais, 16/17 milhões de euros. Não é o dinheiro que dá vitórias, mas a longo prazo é algo que faz a diferença”, refletiu. Neste contexto, Júlio Mendes pediu “paciência” aos adeptos, lançando indiretas a outros clubes. “Uns já pensam que vão lutar pela Champions, mas um dia vai correr mal, e nós vamos estar saudáveis”, disse, mostrando “orgulho” na recuperaçã­o financeira: “Podemos vir a ser o quarto clube em termos de resultados desportivo­s.”

“Vamos tentar não introduzir jogadores emprestado­s no mercado de inverno” “Não posso falar em valores, mas o nosso acordo com a MEO é o maior negócio de sempre do Vitória”

Presidente do V. Guimarães

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