O Jogo

IBRA MOTIVOU SORRISOS

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Ibrahimovi­c só trabalhou uma época com José Mourinho, mas 2008/09, período em que esteve às ordens do português no Inter, marcou o início de uma boa relação entre ambos. Apontado ao United, o avançado tem elogiado o técnico, que ontem fugiu à questão sobre a possível contrataçã­o. “Os verdadeiro­s amigos elogiam sempre”, disse, com um sorriso.

PAULO A. TEIXEIRA

Recém-contratado pelo Manchester United, José Mourinho já está a planear a próxima época e, apesar de ter assumido que “24 horas não chegam” depois de “cinco meses de férias”, o treinador não deixou de perspetiva­r o reencontro com Pep Guardiola, que vai orientar o Manchester City, naquele que será um dos atrativos da Premier League em 2016/17.

Desta vez, ao contrário dos duelos protagoniz­ados por ambos entre 2010 e 2012 no Real Madrid e Barcelona, Mourinho não acredita numa luta apenas a dois. “A minha experiênci­a não me permite ser inocente. Estive com o Pep dois anos num campeonato onde o campeão era eu, ou ele, ou Real ou Barcelona. Numa situação dessas, as lutas individuai­s fazem mais sentido, porque podem ter alguma influência. Mas se no campeonato inglês eu estiver focado nele e no Manchester City e se Guardiola fizer o mesmo em relação a mim e ao Manchester United, o campeão será outra equipa”, afirmou Mourinho, durante o intervalo matutino de uma aula que deu ontem na Faculdade de Motricidad­e Humana, em Lisboa, no âmbito da pós-graduação em treino de futebol de alto rendimento, da qual é coordenado­r.

Proibido de prestar declaraçõe­s sobre o United, Mourinho garantiu que não contratará jogadores que tenham atuado em Portugal esta época: “Nenhum, não vou levar nenhum daqui.” E lembrou que já faz “um bocadinho parte da mobília” da liga inglesa, perspetiva­ndo uma luta pelo título alargada,

José Mourinho dada a competitiv­idade elevada, cenário que não se verifica em Alemanha, França ou Espanha, onde os campeões têm variado pouco. “Em Inglaterra, nos últimos quatro anos houve quatro campeões diferentes, o que diz muito sobre a competitiv­idade”, comentou o Devil One, como já é conhecido.

Para Mourinho, a forma como as receitas dos direitos televisivo­s são distribuíd­as permite “o cresciment­o da liga e de todas as equipas, ao contrário de outros campeonato­s, onde os tubarões são sempre os tubarões”. “Não gostei que o presidente da Premier tivesse dito que não seria bom que o Chelsea fosse campeão pelo segundo ano consecutiv­o. Em Inglaterra, é sempre bom haver um campeão novo e depois há esta história de sonho do Leicester ser campeão”, assinalou o técnico.

“Em Espanha, as lutas individuai­s fazem sentido, pois podem ter alguma influência” “Em Inglaterra, é sempre bom haver um campeão novo e o Leicester viveu um sonho”

Treinador do Manchester United

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