Vila do Conde: de bicicleta até ao Metro
“Todo o concelho será abrangido por corredores cicláveis”
Elisa Ferraz Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde
Segundo o último Censos, o uso da bicicleta em Vila do Conde nas deslocações pendulares, apesar de ainda apresentar um valor residual (0,85%), é duas vezes superior à média das cidades nacionais e regionais. Com uma orografia de características suaves e uma cultura de utilização da bicicleta bem enraizada na comunidade, os resultados obtidos motivam a um maior investimento na mobilidade sustentável e, integrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), está prevista a construção de cerca de 60 quilómetros de ciclovias até 2020, além de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio Ave que vai permitir unir os circuitos cicláveis a norte e a sul da cidade. A ponte pedonal e ciclável “tem a função muito importante de ligar as duas margens do rio, permitindo o acesso a Azurara, que é uma freguesia muito populosa, e aos passadiços na parte sul do concelho”, afiança a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde Elisa Ferraz.
“Éumprojetomuitointeressante, que acarinhamos muito, e que é há muito perseguido. É uma prioridade ao nível do PEDU, tal como as ciclovias de acesso ao metro”, avisa Elisa Ferraz, que levou o seu Município a associar-se à iniciati- vaEuropeanCyclingChallenge, uma competição entre cidades europeias que promove a utilização da bicicleta como transporte urbano diário. “Como as estações estão fora das freguesias, o acesso é feito de carro”, nota a autarca, vincando que a medida visa contrariar essa tendência, privilegiando o acesso ao metro através de bicicleta. Por sua vez, o Município tenciona avançar comaaberturade26quilómetros de pistas cicláveis dentro da cidade, de forma a ligar os principais serviços públicos. “Todo o concelho é abrangido por corredores cicláveis que vão permitir a circulação entre as freguesias, o acesso às estações de metro e a zonas de grande afluxo de público”, acrescenta.