“Acredito que escolhi o melhor para mim”
Acompanhado da sua família e do empresário Jorge Mendes, o médio de 22 anos, sem mencionar o nome do Real Madrid, sublinha: “O clube que vai melhor com a minha personalidade é o Barça.”
Foi um André Gomes ambicioso,
e naturalmente feliz, aquele que ontem foi apresentadocomo novo jogador do Barcelona, um dia depois de ter cumprido exames no clube catalão, pelo qual assinou por cinco temporadas. Acompanhado da sua família e do empresário Jorge Mendes, o médio ex-Valência – que recebeu no imediato 35 milhões de euros pela transferência – tirou fotografias com a camisola do clube e falou à Imprensa.
“Tinha de escolher o clube que considerava ser o melhor para mim e para a minha família. Não tive dúvidas, acredito que escolhi o melhor para mim”, afirmou, evitando, depois, falar no nome do Real Madrid sobre as razões da sua opção: “É algo pessoal. O clube que vai melhor com a minha personalidade é o Barcelona. Não interessa que outros clubes havia. Tem a ver com a minha filosofia e a do clube.”
Sobre a forte concorrência que vai enfrentar e as suas características, André Gomes destacou: “Há muitos grandes jogadores para o meio-campo, mas o que tenho de fazer é crescer. A competitividade não é um problema, é importante, quero aprender. Tenho 22 anos, tempo para ser melhor e mal seria se pensasse que sou Messi”, acrescentando: “Tenho de adaptar-me à filosofia do clube e dar o meu melhor. Quero mostrar o meu valor, é-me indiferente onde jogar, se à esquerda ou à direita. Já falei com Luis Enrique [o treinador], agradeci-lhe e ele pediu-me trabalho.” Quanto a objetivos é claro: “Espero ganhar todas as competições. O individual tem que ver com o coletivo.”
Depois de jogar com Cristiano Ronaldo na Seleção Nacional, o médio vai agora alinhar
“A competitividade não é um problema, é importante, quero aprender. Tenho 22 anos e mal seria se pensasse que sou o Messi”
“Se chego um dia ou não a vencer a Bola de Ouro não é importante nem está no meu pensamento. Não pode ser uma obsessão”
com Messi. “São dois grandes jogadores, é uma honra jogar com os dois, cada um no seu estilo. Quero desfrutar de todos os meus novos colegas, assim como de outro craque como Iniesta. São jogadores que servem de referência”, sublinhou.
Por outro lado, mostrou-se indiferente à possibilidade de um dia ganhar a Bola de Ouro. “Se chego um dia ou não a vencer a Bola de Ouro não é importante nem está no meu pensamento. Não pode ser uma obsessão de ninguém. Há outras coisas em que pensar. O meu maior sonho era ganhar algo com o meu país e isso já consegui.”
Num regresso ao passado, abordou ainda o dia em que foi dispensado do FC Porto com 15 anos. “É um tema difícil porque os miúdos quando fazem coisas erradas não é fácil dar a volta. Mas tenho a minha família e sem eles certamente não estaria aqui. Estou a cumprir um sonho, um sonho da minha família. Se calhar há pessoas que não sabem como aqui cheguei, mas teriam de me conhecer bem. A humildade é a chave.”