SELEÇÃO COM CHAVE DUPLA
Rui Costa entre os candidatos na prova de fundo e Nélson Oliveira no ataque ao contrarrelógio
“A corrida de fundo é como se fosse uma etapa de montanha muito extensa”, avalia o selecionador nacional José Poeira, que na corrida às medalhas olímpicas conta com dois trunfos
Rui Costa, Nélson Oliveira, André Cardoso e José Mendes são os quatro representantes nacionais na prova de fundo dos Jogos Olímpicos, um circuito exigente de 241 quilómetros que o selecionador nacional José Poeira resumiu como se “fosse uma etapa de montanha muito extensa”. Num circuito que cruza lugares icónicos da “cidade maravilhosa”, é nas subidas das zona das “Canoas/Vista chinesa” que a corrida fará a sua seleção de valores antes de 20 quilómetros planos até à meta. Mais seletivo do que o turístico circuito londrino de 2012 – o cazaque Alexander Vinokourov ganhou o “ouro” – a corrida de 6 de agosto parece desenhada à medida dos especialistas das clássicas, no qual se enquadra o poveiro Rui Costa, chefe de fila para a prova de fundo. “As expectativas são boas. Temos esperança em alcançar um lugar no pódio, apesar de o percurso ser muito duro e sinuoso, nomeadamente na parte final” atirou o ex-campeão do mundo – 13.º classificado em Londres. Se a corrida de estrada, por vezes, assemelha-se a uma lotaria, tal a sua imprevisibilidade, as contas do contrarrelógio, por norma, são mais de fiar. E o terceiro lugar de Nélson Oliveira no primeiro “crono” do Tour é, no mínimo, prometedor. “Não é fácil ganhar medalhas. O que posso garantir é que vou trabalhar para chegar o mais longe possível. Vou enfrentar os melhores do mundo” disse o anadiense.