Marcos Freitas nos “quartos”
Melhor português continua em crescendo nos Jogos. Depois de um encontro ganho em Pequim e dois em Londres, agora está nos quartos
Já tem direito a um diploma, mas o madeirense quer subir ao pódio após garantir, para já, o quinto lugar. Venceu claramente nos oitavos e hoje terá um duro teste à ambição de continuar a fazer história
A atravessar um dos melhores momentos de uma já de si bem sucedida carreira, o único mesatenista português que já foi inquilino do top 10 do ranking mundial confirmou-o ontem, ao assegurar o apuramento para os quartos de final. Desempenho que dá direito a um diploma olímpico – melhores oito de cada modalidade –e a pelo menos um quinto lugar na “geral”, mas ocupar um degrau no pódio é a maior das prioridades.
A vitória sobre o ucraniano Lei Kou (42.º), por 4-0 (11/8, 11/7, 11/5, 11/7), é, para além de demolidor, a confirmação da subida de rendimento prevista para esta fase e alicerçada na confiança trazida, em grande medida, da contribuição para os títulos na liga francesa e na Liga dos Campeões, alcançados ao serviço do Pontoise. Hoje, Marcos Freitas, de 28 anos e 11.º na hierarquia ITTF, terá pela frente uma das suas “bestas negras”, o japonês Jun Mizutani (6.º), adversário que lidera claramente o histórico entre ambos, inclusive desde o escalão júnior.
“O diploma não conta muito, já o ganhei há quatro anos por equipas. O que quero mesmo é medalhas, pódios”, assumiu, ainda que esse objetivo “não seja já”, pois há ainda que “passar à próxima ronda, pois aí sim, estarei a um jogo de uma medalha”.
Reconhecendo que o estatuto de oitavo cabeça de série também ajuda e que estes quartos de final “não são nenhuma surpresa”, Freitas insistiu no percurso que deseja fazer: “Ganhar o próximo jogo, ainda mais difícil, chegar à meia-final e, se isso acon- tecer, terei dois jogos para ganhar a medalha.” Algo que, a concretizar-se, o ajudaria a encarar com otimismo a seleção da Áustria, campeã da Europa, na ronda inicial da prova por equipas, aquela em que Portugal aposta…