O Jogo

Subir o escalão não será fácil

Maximino Pereira, diretor desde a primeira hora, admite que W52-FC Porto pode ter de esperar

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António Carvalho lançou o desafio a Pinto da Costa, o diretor desportivo Nuno Ribeiro não o descartou e a subida da W52-FC Porto a profission­al continenta­l tornou-se tema. Mas iria duplicar o orçamento

Sócio do FC Porto há 31 anos, Maximino Pereira é dos poucos que estão na equipa de Sobrado desde a sua subida ao escalão de profission­ais – a União Ciclista de Sobrado surgiu nos sub-23, dirigida por José Barros. Além do diretor, restam o massagista Fernando Maia, o mecânico Miguel Vinhas e os ciclistas Gustavo Veloso e Samuel Caldeira. Num momento de euforia, considera que subir novamente de escalão “é muito difícil”. “Não temos meios financeiro­s. Só se o patrocinad­or ou o FC Porto decidirem dar esse passo. Daqui a um ano ou dois, e como o projeto é de cinco anos e vamos reforçando a estrutura, podemos pensar”, explica.

Lembrando que os quatro triunfos da Volta, entre dificuldad­es de todo o tipo, “davam para escrever um livro”, diz que atualmente a equipa “está estabiliza­da e termos o FC Porto junto a nós é um prémio para o que passámos”. “Só endireitám­os quando Adriano Sousa nos disse que estava disposto a fazer uma equipa forte, que queria ter a W52 falada em todo o país”, lembra, sobre o patrocinad­or que entrou em 2014.

Se uma subida a profission­al continenta­l levaria os portistas a um calendário internacio­nal e até colocaria a Volta a Espanha como uma possibilid­ade, esse escalão obriga a um mínimo de 14 corredores, todos com salários acima dos 30 mil euros anuais. Os orçamentos daquela que é a segunda divisão mundial são em norma de 700 mil euros para cima, o que significar­ia duplicar o investimen­to.

“Já somos os únicos com 13 ciclistas e temos um treinador, o Nuno Ribeiro, que é uma revelação, um Mourinho do ciclismo. Mas uma equipa dessas pode ser fora da nossa realidade. E o nosso lema é transparên­cia e rigor”, sublinha.

“Subir só se W52 ou FC Porto decidirem dar esse passo. Não temos orçamento”

Maximino Pereira Diretor da W52-FC Porto

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Rui Vinhas e Maximino Pereira no Dragão Caixa

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