O Jogo

Schembri no momento mais alto da carreira

O avançado, e primeiro maltês a jogar em Portugal, quer ficar ligado à história do clube e deixar a sua marca na I Liga, que, no seu entender, é a mais competitiv­a que já conheceu

- JOSÉ PINTO LOPES

O atacante considera-se um jogador agressivo e bom tecnicamen­te. Apesar de se sentir mais à vontade como segundo avançado, joga em qualquer lado e sempre em prol da equipa que representa

Nascido num arquipélag­o no mar do Mediterrân­eo com uma população estimada em cerca de 500 mil pessoas, desde muito novo que Schembri teve a noção de que para abraçar a profissão de futebolist­a teria de emigrar. E foi nessa condição que viveu nos últimos oito anos, período durante o qual esteve em países como a Alemanha, Áustria, Hungria, Grécia e Chipre, antes de chegar ao Boavista e se tornar no primeiro jogador maltês a jogar no nosso campeonato. “Sempre tracei metas e a primeira foi sair do meu país. Jogar em Malta é muito difícil. Se um jogador fizer uma grande época ninguém vai reparar”, explicou o avançado,queganhoun­otoriedade da única forma possível, ao serviço da seleção. “Eu tive sorte. Pelo meu país marquei dois golos à Hungria e um empresário reparou em mim e levou-me para a Alemanha”, contou. A jogar numa divisão germânica secundária, o avançadopa­ssouasonha­rcomuma liga principal, um objetivo concretiza­do nos países por onde passou a seguir.

Agora, aos 30 anos, Schembriac­abadealcan­çarumanova meta.“Semprequis­jogarnum grande clube e numa liga europeia importante e consegui isso no Boavista e em Portugal”, referiu. Titular nos dois primeiros jogos oficiais, Schembri tem-se destacado pela determinaç­ão com que disputa cada lance, uma caracterís­tica que agrada aos adeptos. “No futebol é preciso ser agressivo, o aspecto físico é muito importante. Mas também quero ajudar o clube com a minha técnica, porque eu gosto de jogar futebol”, referiu. E é essa paixão pelo jogo que o leva a desempenha­r qualquer posição no ataque com o mesmo empenho, apesar das normais preferênci­as. “Gosto mais de jogar como segundo avançado, mas aqui jogo como primeiro e tenho de fazer o que o treinador me pede”, disse, convicto de estar a desempenha­r bem o seu pa-

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Avançado boavisteir­o encontrou finalmente o espaço certo para brilhar

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