O Jogo

“Quero mostrar que sou jogador à Porto”

Espanhol nunca teve dúvidas de que queria regressar e nos últimos meses só esperou por uma chamada feita do Dragão

- BRUNO FILIPE MONTEIRO MANUEL CASACA

“A época será longa, mas vamos continuar assim, porque é o caminho para sermos campeões”

Óliver Torres

Médio do FC Porto

Médio chega cedido até dezembro de 2017, dando à SAD a hipótese de equilibrar as contas para, a partir de janeiro de 2018, iniciar o pagamento dos 20 milhões de euros da cláusula de compra obrigatóri­a

A assinatura do contrato que o confirmou de regresso ao FC Porto foi “um dos momentos mais felizes” da vida de Óliver Torres. As palavras são do próprio médio, que, numa primeira fase, se encontrará no Dragão cedido pelo Atlético de Madrid. O empréstimo é válido até dezembro de 2017, altura em que os dragões têm de exercer a cláusula de compra obrigatóri­a prevista no acordo entre os dois clubes, no valor de 20 milhões de euros. O negócio, conduzido por Pinto da Costa, permite à SAD equilibrar as contas durante o próximo ano e meio, depois de um exercício financeiro sem grandes receitas, iniciando em janeiro de 2018 o pagamento faseado da quantia pedida pelos colchonero­s pelo internacio­nal sub-21 espanhol.

Fica, assim, satisfeita a vontade de Óliver, que, tal como O JOGO revelou, fez muita força para regressar. “Desde o princípio que disse ao meu agente que queria voltar ao FC Porto. Se essa hipótese não fosse possível, preferia ficar no Atlético”, explicou, ao Porto Canal, grato pela confiança de Nuno Espírito Santo (treinador) e a insistênci­a com que Pinto da Costa (presidente) e Antero Henrique (CEO e administra­dor da SAD) tentaram recuperá-lo. “Espero retribuir todo o esforço que fizeram”, acrescento­u o médio, negando que a demora na conclusão do negócio se devesse a questões salariais. “Estive quatro meses à espera de uma chamada a dizer ‘anda para o FC Porto’, porque desejava-o muito”, vincou.

Com “vontade de começar a treinar e de voltar a jogar no Dragão ”, Óliver confessou que veio com o objetivo de “aumentar a competição interna, para que a equipa seja melhor e consiga dar vitórias aos adeptos”. “Este grupo é diferente daquele em que estive, mas tem muita qualidade”, reconheceu o espanhol, que tem uma ideia “muito boa” de Nuno, pelo que este fez no primeiro ano no Valência. “É muito importante que o treinador tenha vivido o que é ‘ser Porto’ e sinta o FC Porto como seu. Está a formar um grupo magnífico, competitiv­o, homogéneo,em que todos lutam pelo mesmo e estes primeiros jogos da época têm sido bons. Acredito que vamos fazer uma grande época”, previu.

Mostrar queé“um jogadorà Porto” é outro dos objetivos de Óliver, até porque, mesmo na última época, quando esteve no Atlético, nunca deixou de receber “mensagens de alento dos adeptos”. “Nunca tive dúvidas de que queria voltar, mas ver que as pessoas também tinham muita vontade disso foi muito bom”, assegurou o número 30, que, também por isso, nunca deixou de seguir a vida do clube onde mais deu nas vistas até agora. “No outro dia, contra o Roma, estava nervoso, mas, felizmente, fizemos uma grande exibição. Agora, temos de continuar a trabalhar, porque ainda há muita coisa para fazer nesta época, que será muito longa. Vamos continuar assim, porque esteéo caminho para sermos campeões ”, encerrou.

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Óliver fez exames médicos antes de assinar

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