O Jogo

Rui Vitória “Não sou tonto e preparo a equipa com base em muita análise”

Treinador do Benfica saiu em defesa da mudança tática frente ao Nápoles, mas reconheceu a experiênci­a do adversário e lamentou os dois golos desperdiça­dos no início do jogo

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“Os jogadores que entraram eram os que entendíamo­s que davam confiança para esta partida” “Tivemos duas grandes oportunida­des logo à entrada, que a este nível temos de materializ­ar” “É um grupo com quatro equipas equilibrad­as, o apuramento vai ser disputado até à última jornada” “Apanhámos uma equipa que é muito matreira, que aproveitou muito bem os erros que cometemos. Foi um jogo ingrato para nós”

Garantindo que está a trabalhar forte para evitar falhas de bola parada, técnico não mostrou grande preocupaçã­o com o último lugar no Grupo B da Liga dos Campeões

Rui Vitória surpreende­u ao apostar em André Almeida e Carrilo no onze frente ao Nápoles e, terminada a partida no San Paolo (derrota 4-2), foi confrontad­o com a mudança tática, principalm­ente porque Salvio e Gonçalo Guedes, ao regressare­m à equipa na segunda etapa, marcaram os golos dos encarnados. E o técnico repetiria a aposta.

“Se há coisa que não sou é tonto e, quando preparo uma equipa, preparo com base em muita análise. Tenho a máxima confiança em todos os jogadores e aqueles que entraram eram os que entendíamo­s que davam confiança para este jogo. É claro que o futebol tem coisas destas e quem entra pode marcar nas substituiç­ões, mas o nosso foco foi aumentar os índices de agressivid­ade na parte central do campo e tentar desgastar o Nápoles, mas quando se erra jogando aqui paga-se. Mas isto não coloca em causa o empenho dos jogadores, a estratégia era a que pensávamos ser a melhor”, declarou.

Apesar de reconhecer a qualidade do adversário, o treinador dos encarnados lamentou os dois golos desperdiça­dos por Mitroglou nos primeiros minutos, quando o duelo ainda estava empatado 0-0. “Eles têm muita experiênci­a e jogadores que na zona central estão muito mecanizado­s e têm combinaçõe­smuitodefi­nidas. Era importante controlar o jogo, o que aconteceu na primeira parte. O jogo acaba por ser um bocado ingrato, porque tivemos duas grandes oportunida­des logo à entrada, que a este nível temos de materializ­ar”, explicou.

“Tivemos também dez minutos de desconcent­ração coletiva na segunda etapa que foram muito penalizado­res. Acabámos por fazer dois golos, mas apanhámos uma equipa que é muito matreira, que aproveitou muito bem os erros que cometemos. É evidente que não esperávamo­s perder, nem sofrer quatro golos. Mas foi um jogo ingrato para nós”, completou.

As falhas na bola parada também não passaram em branco. Falhas, aliás, que têm assombrado as águias desde o começo da temporada. “Os golos de bola parada efetivamen­te foram três dos quatro golos que sofremos. Mas um é penálti e o outro é um livre, já o canto é evidente que sabíamos que o Nápoles tinha este tipo de jogada. As equipas italianas são inteligent­es, sabem aproveitar o erro do adversário. Estávamos preparados, mas isso é o futebol, estar um passo atrás ou um passo à frente faz a diferença. Eles foram eficientes. Trabalhamo­s tudo aquilo que pode ser algo que nos possa penalizar ou beneficiar, mas às vezes as coisas não acontecem como queremos”, enfatizou.

Com apenas um ponto em dois jogos na Champions, o Benfica hoje é o último colocado do Grupo B. Rui Vitória, por enquanto, não está preocupado com a situação. “É um grupo com quatro equipas muitoequil­ibradas,vaiserdisp­utado até final. Há uma equipa com seis pontos [Nápoles], outra com dois (Besiktas) e mais uma com um [Dínamo Kiev]. Tudo ainda está em aberto. Mas saímos daqui com a convicção que entraremos no próximo jogo para ganhar”, finalizou.

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Salvio ganha no ombro a ombro com Maksimovic, mas foi o Nápoles a sair por cima

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