CRONÓMETRO É UM DESEJO CARO
Aquisição de equipamentos e mais um árbitro podem travar as inovações que jogadores e técnicos aplaudiram
A introdução do marcador eletrónico na Elite Cup foi elogiada por todos, mas O JOGO ouviu Fernando Graça, presidente do CERS RH, e percebeu que as mudanças não serão simples nem para já
O campeonato começa amanhã, duas semanas depois de, na Elite Cup, a organização do torneio ter experimentado algumas normas não oficiais. A introdução de um cronómetro semelhante ao do basquetebol, para gerir os tempos de ataque, a divisão dos time-out num período de um minuto e dois de 30 segundos e os penáltis como primeiro critério de desempate – por sinal não houve empates... –, deixando cair o golo de ouro, foram medidas que agradaram a jogadores e treinadores.
Fernando Graça, presidente do CERS RH (nova designação do CERH), afirmou a O JOGO que “foi positivo” e “globalmente interessante”, mas defendeu que “as experiências devem ser refletidas”. E explicou: “o cronómetro é bemvindo, indispensável e para aí se caminha, mas levanta desde já um problema de natureza financeira. Primeiro, coma aquisição do material, que deveria ser um painel único com tem-
“Cronómetro é indispensável e para aí se caminha, mas levanta um problema financeiro” Fernando Graça presidente da CERS RH
pode jogo e posse de bola, e ainda coma introdução demais um árbitro, por que o atual terceiro árbitro não deves er auxiliar da dupla em pista, controlar os bancos e ser cronometrista. Há custos adicionais. Aliás, como nem todos os clubes têm basquetebol, logo não tê messe equipamento, o hóquei devia criar o seu próprio”.
Quanto aos time-out, Fernando Graça, viu “algumas lacunas” e revelou dúvidas. “A interrupção não deve vir da mesa. Esta deverá dar indicação e tem de ser o árbitro a apitar. Vi Ferran Font num lance de ataque isolado quando o jogo foi interrompido... De resto, não creio que 30 segundos dê para alguma coisa”, concretizou. Finalmente, sobre o fim do golo de ouro, esclareceu: “Sou contra o golo de ouro, mas no comité não consigo ter unanimidade. Estes temas, bem como outras normas, devem ser revistos por uma comissão de técnicos.”