JOTA VIROU A MESA
DRAGÕES REAGEM COM MELHOR JOGO DA ÉPOCA E APANHAM LEÕES NA TABELA Nuno Espírito Santo: “Segredo foi manter a ideia de jogo” Manuel Machado: “É injusto não podermos usar os emprestados”
“FIZ UM DOS MELHORES JOGOS DA MINHA CARREIRA”
Primeira parte avassaladora dos dragões, com processos simples e muito espaço para explorar em velocidade. Manuel Machado mexeu na estrutura defensiva e os três centrais fartaram-se de meter água
O FC Porto estava com uma “tremenda” fome de vitórias e, ontem, começou a saciá-la com um autêntico banquete, num campo tradicionalmente complicado. Os dragões tiraram a barriga de misérias, depois da derrota em Leicester, e voltaram a ganhar fora de casa, o que não acontecia, para o campeonato, desde a primeira jornada. Diogo Jota foi o cozinheiro de serviço, André Silva um ajudante à altura servindo um festim até aos 57’. Depois, a equipa desacelerou, apesar de ter criado ocasiões para sair da Choupana com um resultado absolutamente histórico. A equipa não fez 90 minutos de classe, mas foi mui tomais consistentedo que em partidas anteriores e isso fez toda a diferença.
Nuno deixou Adrián no Porto e apostou em Diogo Jota, de 19 anos, para fazer companhia a André Silva, que é um ano mais velho. Entregar o ataque aos miúdos foi uma aposta mais do que acertada, sobretudo pela velocidade e subtileza das finalizações do estreante a titular. A criatividade do meiocampo, a cargo de Óliver, Herrera e Otávio abriu crateras no defesa do Nacional, que até estava superpovoada, porque Manuel Machado lembrou-se de jogar com três centrais e mais dois laterais. César ficava com Jota e Tobias Figueiredo com André Silva, Rui Correia tinha direito às sobras. Nenhum ficou bem nas fotografias. Talvez espicaçado pelo empate do Sporting, o FC Porto entrou muito bem na partida, foi rápido a circular a bola, com os laterais a darem a profundidade que o treinador pede e muita presença na área. O primeiro murro na mesa foi dado logo aos 11’ e num movimento que seria repetido vezes sem conta: bola metida entre os centrais e Diogo Jota a fugir em velocidade. À saída do guarda-redes, um toque subtil para o golo.
Os lances na área de Rui Silva multiplicavam-se a um ritmo frenético e percebia-se que o segundo golo iria surgir sem grandes demoras. A verdade é que André Silva e Jota falharam lances fáceis e foi preciso esperar pelos 38’ para as redes voltarem a balançar. Numa transição rápida, André conduziu a bola e isolou o parceiro – que fugiu como uma seta a César – na cara de Rui Silva. O bis surgiu com novo toque de classe a desviar do guarda-redes. O segundo golpe no Nacional deixou a equipa insular de rastos e completamente perdida. O miúdo, que no ano passado brilhou no Paços de Ferreira, completaria o primeiro hat trick da carreira de cabeça, humilhando o central brasileiro do Nacional, que é mais alto do que ele 12 centímetros e não foi capaz de cortar um cruzamento de Layún.
Ao intervalo, Manuel Machado mexeu na equipa. A ideia era fazê-la subir no terreno e tentar incomodar Casillas – não fez uma única defesa – para evitar o descalabro anunciado. Mas só com remates de longe e para fora é que o Nacional, ainda que mais agressivo na disputa dos lances, tentou a sorte. Num contra-ataque, o FC Porto voltaria a marcar: Otávio serviu André Silva e este só teve de encostar.
A goleada estava confirmada e só não foi maior porque a barra devolveu um livre muito bem marcado por Layún. Falta agora aguardar pelos próximos jogos para perceber se o FC Porto se empanturrou com estes quatro golos ou se ainda tem apetite para mais triunfos que per mi tamàequip atera consistência que Nuno deseja ...