O Jogo

“Momento do jogo foi a entrada do J. Aurélio”

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Como se explica a recuperaçã­o do V. Guimarães de 0-3 para 3-3. O mérito é todo dos vitorianos ou houve um apagão do Sporting? —Não me parece que tenha havido um apagão do Sporting. O momento do jogo foi a alteração no meio-campo do V. Guimarães: a entrada do João Aurélio para o lugar do Prince. A partir dessa altura, deixou de haver um duplo-pivô e a tarefa do Sporting complicous­e. A isto junta-se ainda a ausência de Adrian, um jogador mais agressivo, e o desgaste que William já tinha nas pernas. Aliás, penso que terá de haver uma melhor gestão em relação a estes dois jogadores porque têm uma elevada utilização. O Adrian lesionou-se e o William cometeu uma grande penalidade... Isso também é fruto do elevado desgaste que têm. Considera que Jorge Jesus levou muito tempo a mexer na equipa? — Agora, é mais simples falar nisso. Talvez fosse necessária uma cobertura maior na fase de assédio do adversário. Por exemplo, o 3-3 nasce de uma falta desnecessá­ria do Marvin, que já tinha nessa altura do jogo um enorme desgaste físico porque já não contava com a ajuda do Gelson. Era preciso outra cobertura. O Gelson jogou muito bem, mas a partir de certa altura deixou de recuperar e isso criou problemas defensivos no seu corredor. Marega marcou dois golos e deu muito trabalho aos defesas do Sporting. Aliás, atravessa um grande momento de forma. Parece-lhe que o FC Porto fez mal em emprestá-lo? —Não. Penso que não é jogador para uma equipa que atue em ataque continuado. Se repararmos, mesmo durante o jogo de ontem, teve períodos de maior ausência, precisamen­te porque o V. Guimarães estava a tomar conta do jogo. O Marega apareceu mais quando o jogo se partiu, surgiu com mais perigo nas costas dos defesas do Sporting. É mais talhado para equipas que jogam em transição, não é jogador para um grande.

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