O Jogo

Jorge Jesus “Sonho ainda é possível, sabíamos onde estávamos metidos”

Apesar de reconhecer que a qualificaç­ão está mais complicada, o técnico lembra que ainda há nove pontos em disputa, destacando a reação da equipa na segunda parte

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Sublinhand­o que o Sporting enfrentou uma equipa experiente na gestão do jogo e do relógio, Jesus queixou-se de duas decisões da arbitragem, reclamando um penálti e um golo mal invalidado

Real Madrid e Dortmund estão na frente da corrida pela presença nos “oitavos” da Champions, mas Jorge Jesus considera que “o sonho ainda é possível”. “Claro que está mais difícil. Já temos muitos pontos de atraso”, assumiu, frisando, porém: “Sabíamos exatamente onde estávamos metidos. Acreditamo­s que ainda temos possibilid­ades, faltam nove pontos.”

A cumprir o segundo e último jogo de castigo, Jesus seguiu o encontro “como um espectador”, algo que frisou não ser fácil, até porque se sentiu “totalmente impotente”. E foi de longe que viu um Sporting que “não conseguiu, na primeira parte, parar o corredor central na fase de construção do Dortmund”. “Andou muito à procura da bola e do posicionam­ento e o Dortmund teve alguma facilidade no ataque posicional”, analisou, reconhecen­do ainda que “o primeiro golo deu tranquilid­ade” a um adversário que enfrentou um Sporting ao qual “ainda falta alguma experiênci­a de jogos contra equipas muito competitiv­as”.

Frustrado pela entrada da equipa em campo, Jorge Jesus viu um Sporting diferente após o reatamento. “Retificá

mos algumas coisas e a equipa teve outro posicionam­ento. Melhorou muito defensivam­ente ”, disse, destacando que “a nível ofensivo a equipa criou oportunida­des” nos primeiros 45’. “Não parámos defensivam­ente o adversário, mas na segunda parte tudo se alterou”, sublinhou, destacando que o facto de a equipa “melhorar defensivam­ente” permitiu-lhe “dividir o jogo ofensivame­nte”. “Fez o golo e com 2-1 teve duas grandes chances para o 2-2”, referiu, mostrando-se, contudo, conformado: “Fica a derrota, mas é um jogo que serve para crescermos como equipa nestas competiçõe­s. Jogámos contra uma grande equipa, muito experiente, que soube perfeitame­nte o que fazer para queimar tempo .”“Os minutos fi

nais demonstram oqueéa experiênci­a deChampion­s, os jogadores do Dortmund fizeram muito bem, precisavam de segurar o 2-1”, atirou.

Jorge Jesus não gostou da arbitragem de Damir Skomina, queixando-se do “golo anulado ao Sebá [Coates], em que o guarda-redes, na molhada, bate no Bas [Dost]”. E considerou que existiu “uma grande penalidade, ainda com 0-0, sobre o Bas”. “Houve dois lances duvidosos.Os árbitros acharam que não houve nenhuma sanção, mas podia ter mudado o rumo do jogo”, frisou. “Podia mudar como mudou depois do nosso golo, a equipa cresceu com esse golo”, reforçou, declarando, porém: “Não nos podemos desculpar com o árbitro.”

A finalizar, e quando confrontad­o com o sector mais frágil da equipa, após alguns resultados menos positivos, Jesus não gostou. Pedindo para que a questão fosse repetida, atirou: “Uma equipa não defende com um sector, defende com vários. E, defensivam­ente, a última linha até esteve bem, porque jogou contra jogadores com uma criativida­de acima da média. Portou-se muito bem.”

“É um jogo que serve para crescermos como equipa nestas competiçõe­s” “Houve dois lances duvidosos. Os árbitros acharam que não houve sanção, mas podia ter mudado o jogo”

Jorge Jesus

Treinador do Sporting

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O lance em que Skomina sanciona falta de Dost sobre Burki, antes de Coates marcar

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