O Jogo

André não treme

- jorge.maia@ojogo.pt Jorge Maia

O jovem ponta de lança do FC Porto tem crescido de jogo para jogo 1 André Silva continua a ser a melhor notícia que o FC Porto de Nuno Espírito Santo tem para dar. Claro que há outras que os adeptos portistas também não se importam de receber. A de que a equipa voltou a ser capaz de reagir às adversidad­es, para dar a volta a uma má entrada em jogo e à desvantage­m inicial no marcador mantendo aberta a porta de acesso aos oitavos de final da Champions, por exemplo. Ainda assim, perceber que há no ataque um avançado que nos últimos oito jogos marcou sete golos e que ontem, apesar dos 20 anos, não tremeu no momento de decidir uma boa parte do futuro dos dragões na Liga dos Campeões é, não apenas um sossego, mas uma excelente notícia. E o FC Porto anda a precisar de boas 2 notícias. Não há nada de estranho na realização de buscas por parte da Polícia Judiciária na SAD do Benfica no âmbito do processo dos “vouchers”. Trata-se de uma diligência tão normal que é quase automática em qualquer inquérito do género. Estranho mesmo é que tenha levado mais de um ano a acontecer. Bruno de Carvalho levantou o problema a 5 de outubro do 2015, a FPF pediu à PGR que averiguass­e o caso dois dias depois e até o Benfica solicitou à FPF que abrisse um inquérito no dia 9. Mais de 365 dias depois, é tão inevitável duvidar da eficácia de quaisquer diligência­s realizadas agora como é fácil imaginar que as mesmas dificilmen­te chegarão a qualquer conclusão em tempo útil. Por falar nisso, também já era tempo de o Tribunal Arbitral do Desporto se pronunciar sobre recursos apresentad­os pelo Sporting, relativame­nte à decisão de arquivamen­to do caso, e pelo Benfica, relativame­nte à decisão de não punir Bruno de Carvalho. Afinal, há limites para aquilo que a justiça pode tardar antes de se concluir que está a falhar.

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