Dragão molda goleador roubado cedo ao Benfica
Melhor marcador da fase de grupos da Youth League, o goleador é a nova joia da formação portista, que teve no coração do atacante um aliado de peso na hora da contratação
Chamado por Lopetegui para treinar em 2014, fez parte do grupo “Potencial Jogador de Elite” e é uma das maiores promessas dos dragões. Tem contrato até 2021 e uma cláusula de rescisão de 30 milhões
Com a aposta em André Silva ainda a dar os primeiros frutos, o FC Porto já tem na formação outro goleador preparado para deixar a “incubadora”. Aos quatro golos marcados na equipa B (dois) e de juniores (dois), Rui Pedro, de 18 anos, contabiliza mais cinco na fase de grupos da Youth League –é o melhor marcador – e vai justificando o rótulo de prodígio que desde muito cedo lhe atribuíram. O avançado é uma das maiores promessas do futebol português, tendo sido alvo de uma intensa disputa entre FC Porto e Benfica quando começou a dar nas vistas no Paivense. “Chegou a ir fazer testes ao Braga e jogou um torneio pelo Benfica, em que foi considerado o melhor jogador, mas o coração de portista acabou por prevalecer sobre tudo o resto no momento de escolher”, conta a O JOGO António Sousa, o treinador do jovem nos sub-15 da equipa de Castelo de Paiva, garantindo que até o Sporting se mostrou interessado em contratá-lo, mas não chegou a tempo.
Introduzido no futebol por uma professora, que o viu a jogar no recreio da escola e o indicou ao marido (treinador dos infantis do Paivense), Rui Pedro revelou a veia goleadora desde cedo. “No primeiro jogo [Feirense] que fez por nós [iniciados], só entrou na segunda parte e ainda fez três golos. Empatámos 3-3”, recorda António Sousa, que desde então tem acompanhado com curiosidade o percurso de um avançado que compara a Falcao e em quem o FC Porto deposita muitas esperanças. Aliás, os dragões incluíram-no no grupo “Potencial Jogador de Elite”, pelo qual passaram também André Silva ou Rúben Neves, que se focava na correção de lacunas, no melhoramento da técnica individual e na potencialização do que cada um tinha de melhor.
Campeão da II Liga e de Juniores na última época, começou a temporada com a equipa de Luís Castro – ultimamente tem sido Folha a utilizá-lo mais –, depois de ter renovado contratoaté2021,ficandocom uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros. O processo foidemorado,umavezqueera muito assediado pelo Benfica e por alguns clubes ingleses, mas o coração portista voltou a falar mais alto. Agora só lhe falta concretizar o maior sonho: fixar-se e estrear-se pela equipa principal, depois de Lopetegui lhe ter dado o gosto de treinar com ela em novembro de 2014.