Zé Pedro sabe como abater as águias
Presente nas últimas duas vitórias sobre o Benfica, o médio bisou em 2004/05, numa noite inesquecível profetizada por um benfiquista
No último triunfo sobre os encarnados, em 2007/08, o Belenenses era orientado por Jorge Jesus e o golo da vitória foi marcado por Weldon, curiosamente dois elementos que passariam pela Luz
O Belenenses recebe no domingo o Benfica, um adversário contra o qual só triunfou duas vezes nos últimos 12 anos. Zé Pedro esteve nessas vitórias e tem boas recordações desses encontros, nomeadamente do dia 12 de dezembro de 2004, quando bisou na goleada do clube do Restelo frente aos encarnados (4-1). “Foi no meu ano de estreia no clube e, felizmente, tive o privilégio de marcar duas vezes nesse jogo”, recorda, com nostalgia, o antigo médio sobre a noite de glória que já tinha sido profetizada por um benfiquista: “O meu pai é adepto do Benfica e, antes dessa partida, disse que eu ia marcar dois golos, o que era pouco provável, porque jogávamos contra um grande e também por eu atuar no meiocampo, mas acertou em cheio. Acompanhou-me durante toda a carreira e nunca tinha dito isso, nem voltou a fazê-lo. É estranho, ainda mais vindo de um benfiquista…”.
Já na vitória obtida na temporada 2007/08 (1-0), a última do conjunto belenense neste dérbi, o antigo camisola 11 destaca
Zé Pedro “a união do plantel”. “Tínhamos um grupo muito forte, um bom treinador [Jorge Jesus] e acreditávamos sempre que éramos de capazes de discutir a vitória contra qualquer adversário. Tudo funcionava bem”, frisa Zé Pedro, um jogador que, nos seis anos que esteve no Restelo, marcou três golos ao Benfica.
Apesar de considerar que o Belenenses “não é tão forte” como no seu tempo, o agora treinador de 38 anos, que orientou o Alcochetense nas últimas duas temporadas e agora está sem clube, vê no atual plantel capacidade para surpreender o tricampeão nacional. “No futebol tudo pode acontecer e os jogadores têm de se lembrar disso. Esta equipa tem elementos capazes de desequilibrar, como o Miguel Rosa, o Sturgeon e o Gerso. Mas, por vezes, é quem menos se espera que decide e há sempre uma motivação extra nos jogos contra os grandes”, sublinha o antigo maestro, que deixou saudades no Restelo.
“O Belenenses tem elementos capazes de desequilibrar, como o Miguel Rosa, o Sturgeon e o Gerso”
Ex-jogador do Belenenses