O Jogo

SANGUE FRIO DECISIVO EM EMBATE QUENTE

ANDEBOL Intensidad­e foi palavra-chave de uma partida disputada no limite com os dragões a conseguire­m agarrar o triunfo com dois golos no último minuto

- JOAQUIM JORGE “Sabíamos que só num jogo com poucos golos é que podíamos vencer. As defesas impuseram-se aos ataques. Foi uma grande vitória num pavilhão complicado” Ricardo Costa Treinador do FC Porto “Foi um jogo de duas equipas com qualidade para esta

O FC Porto manteve a invencibil­idade ao vencer no reduto do campeão nacional numa partida que ficou marcada pela baixa eficácia de ambos os conjuntos. Sob o olhar atento do selecionad­or nacional, Paulo Jorge Pereira, e do treinador do Sporting, Zupo Equisoain, que no sábado visita o Dragão Caixa, foi evidente a preocupaçã­o de ambas as equipas em defender de forma agressiva, num estilo que causou dificuldad­es de avaliação à dupla de arbitragem. O FC Porto entrou melhor, com Quintana a fechar a baliza, e chegou a uma vantagem de três golos (2-5) deixando no ar a ideia, errada, que o triunfo não seria assim tão difícil. Carlos Resende, com poucas soluções no banco, foi esticando o sete inicial até onde pôde e ganhou uma aposta arriscada. Em pés de lã, o ABC foi-se aproximand­o, embora não tenha conseguido tirar partido dos momentos de superiorid­ade no jogo. Aliás, foi em inferiorid­ade numérica que chegou à igualdade com que se atingiu o intervalo. A segunda parte trouxe um cariz idêntico, com muita luta, mas sobressain­do a maior frequência com que Ricardo Costa utilizava o banco de suplentes que lhe rendeu mais de metade dos golos. A segunda parte começou como a primeira, com os portistas a fugirem, fruto da eficácia de Carrillo na execução dos livres de sete metros, com que a dupla de arbitragem ia punindo – nem sempre assertivam­ente – os bracarense­s. André Gomes que vinha algo adormecido do intervalo, “regressou” ao jogo em momentos importante­s não permitindo que a vantagem azul ultrapassa­sse os dois golos. À entrada para os derradeiro­s dez minutos, o ABC chegou à igualdade (20-20) e conseguiu mesmo passar para a frente, na única vantagem em toda a partida, quando Hugo Rocha fez o 22-21. Carrillo, em novo livre de sete metros, voltou a igualar, cabendo a António Areia o golo da cambalhota final, numa vantagem que Matic dilatou perto do apito final e que Quintana segurou numa fase em que já pouco se jogava. O jogo terminou com os ânimos exaltados e muitas críticas dos bracarense­s à arbitragem.

 ??  ?? Alexis Borges passa por Pedro Spínola e prepara o remate
Alexis Borges passa por Pedro Spínola e prepara o remate

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal