“ESPERO MOSTRAR MAIS NOS PRÓXIMOS TEMPOS”
Internacional belga revelou que está feliz no FC Porto e não se arrepende de ter trocado o Gent pelo Dragão, isto apesar de estar a jogar menos do que pensava
Em conversa com os jornalistas belgas, Depoitre falou do nível do futebol português, satisfez a curiosidade em relação à adaptação a Portugal e agora só espera dar um título aos adeptos
Titular apenas em duas ocasiões – na receção ao V. Guimarães e em Tondela –, Depoitre admitiu que esperava ter mais tempo de jogo, mas também reconheceu que sabia que a concorrência era forte. Garante, isso sim, é que não está arrependido de ter assinado pelo FC Porto. Como foi a adaptação à cidade? —É uma cidade muito bonita, o tempo é bom, é um prazer viver no Porto, não há como entrar em depressão. Jogar com regularidade está mais difícil, mas espero lá chegar ainda. Não sei se vou conseguir ultrapassar este desafio, mas faço tudo por isso. Vai haver uma altura em que vou atingir o meu limite, mas acho que é possível, pode levar algum tempo, mas preocupo-me em criar todas as condições para conseguir vencer esta fase. Já fala português? —Aprendo devagar... Já foi mais complicado, os treinos são em português, mas começo a perceber. Não falo, mas vou com calma. Esperava jogar mais nesta época? —Gostava de ter um pouco mais de tempo de jogo, como é evidente, mas sinto-me bem no FC Porto. A adaptação está a correr bem e está tudo bem. Há concorrência, como era de esperar, mas cabe-me fazer a minha parte. Claro que não tendo grandes oportunidades é mais complicado, mas espero mostrar mais nos próximos tempos. Foi o treinador que o escolheu... —Não sei, isso são os jornais que o dizem, mas a mim ele nunca o disse claramente. Quer dizer que não falam? —Não, ele con- versa comigo, só não falou desse assunto. Nuno deu-lhe uma explicação para ficar no banco? —Não, nada em especial. É uma situação inédita para si... —Sim, joguei sempre nos clubes por onde passei. É verdade que para mim é a primeira vez que acabo no banco, mas temos de trabalhar e esperar por uma oportunidade. Continua tranquilo? —Sim, treino corretamente, trabalho e espero. Temos um grupo de 26 jogadores e só há onze no relvado. É preciso esperar o momento certo e agarrar a oportunidade. Coletivamente, acredita que o FC Porto está relançado com esta vitória em Brugge? —Sabíamos que os três pontos eram primordiais, começámos mal o jogo, mas felizmente sou- bemos responder depois do intervalo. O FC Porto é mesmo de outro patamar? —Claro, é um grande clube, uma etapa nova em relação ao campeonato belga, estou contente. Sabia que não ia ser fácil, que ia ter concorrência, mas cabe-me trabalhar. Sentimos a pressão, porque o FC Porto não ganha nada há três anos. Sentimos os adeptos e a cidade a apoiar. Temos de ganhar um título nesta época. São os três grandes e os outros, em Portugal? —Sim, podemos resumir o campeonato português assim, apesar de haver mais um par de equipas bastante boas. Depois, há uma grande diferença em relação aos grandes. É superior ou inferior à liga belga? —É difícil dizer. Os três grandes sim, são superiores, depois não me parece. O nível é mais elevado em Portugal? —Há jogadores com enormes qualidades, mas depois depende tudo do treinador, das suas opções e do sistema. É preciso ter paciên
cia.
“Gostava de ter um pouco mais de tempo de jogo, mas sinto-me bem no FC Porto. A adaptação está a correr bem”
“É uma cidade muito bonita, o tempo é bom, é um prazer viver no Porto, não há como entrar em depressão” Depoitre Avançado do FC Porto