O Jogo

“ESPERO MOSTRAR MAIS NOS PRÓXIMOS TEMPOS”

Internacio­nal belga revelou que está feliz no FC Porto e não se arrepende de ter trocado o Gent pelo Dragão, isto apesar de estar a jogar menos do que pensava

- CARLOS GOUVEIA ANTÓNIO M. SOARES

Em conversa com os jornalista­s belgas, Depoitre falou do nível do futebol português, satisfez a curiosidad­e em relação à adaptação a Portugal e agora só espera dar um título aos adeptos

Titular apenas em duas ocasiões – na receção ao V. Guimarães e em Tondela –, Depoitre admitiu que esperava ter mais tempo de jogo, mas também reconheceu que sabia que a concorrênc­ia era forte. Garante, isso sim, é que não está arrependid­o de ter assinado pelo FC Porto. Como foi a adaptação à cidade? —É uma cidade muito bonita, o tempo é bom, é um prazer viver no Porto, não há como entrar em depressão. Jogar com regularida­de está mais difícil, mas espero lá chegar ainda. Não sei se vou conseguir ultrapassa­r este desafio, mas faço tudo por isso. Vai haver uma altura em que vou atingir o meu limite, mas acho que é possível, pode levar algum tempo, mas preocupo-me em criar todas as condições para conseguir vencer esta fase. Já fala português? —Aprendo devagar... Já foi mais complicado, os treinos são em português, mas começo a perceber. Não falo, mas vou com calma. Esperava jogar mais nesta época? —Gostava de ter um pouco mais de tempo de jogo, como é evidente, mas sinto-me bem no FC Porto. A adaptação está a correr bem e está tudo bem. Há concorrênc­ia, como era de esperar, mas cabe-me fazer a minha parte. Claro que não tendo grandes oportunida­des é mais complicado, mas espero mostrar mais nos próximos tempos. Foi o treinador que o escolheu... —Não sei, isso são os jornais que o dizem, mas a mim ele nunca o disse claramente. Quer dizer que não falam? —Não, ele con- versa comigo, só não falou desse assunto. Nuno deu-lhe uma explicação para ficar no banco? —Não, nada em especial. É uma situação inédita para si... —Sim, joguei sempre nos clubes por onde passei. É verdade que para mim é a primeira vez que acabo no banco, mas temos de trabalhar e esperar por uma oportunida­de. Continua tranquilo? —Sim, treino corretamen­te, trabalho e espero. Temos um grupo de 26 jogadores e só há onze no relvado. É preciso esperar o momento certo e agarrar a oportunida­de. Coletivame­nte, acredita que o FC Porto está relançado com esta vitória em Brugge? —Sabíamos que os três pontos eram primordiai­s, começámos mal o jogo, mas felizmente sou- bemos responder depois do intervalo. O FC Porto é mesmo de outro patamar? —Claro, é um grande clube, uma etapa nova em relação ao campeonato belga, estou contente. Sabia que não ia ser fácil, que ia ter concorrênc­ia, mas cabe-me trabalhar. Sentimos a pressão, porque o FC Porto não ganha nada há três anos. Sentimos os adeptos e a cidade a apoiar. Temos de ganhar um título nesta época. São os três grandes e os outros, em Portugal? —Sim, podemos resumir o campeonato português assim, apesar de haver mais um par de equipas bastante boas. Depois, há uma grande diferença em relação aos grandes. É superior ou inferior à liga belga? —É difícil dizer. Os três grandes sim, são superiores, depois não me parece. O nível é mais elevado em Portugal? —Há jogadores com enormes qualidades, mas depois depende tudo do treinador, das suas opções e do sistema. É preciso ter paciên

cia.

“Gostava de ter um pouco mais de tempo de jogo, mas sinto-me bem no FC Porto. A adaptação está a correr bem”

“É uma cidade muito bonita, o tempo é bom, é um prazer viver no Porto, não há como entrar em depressão” Depoitre Avançado do FC Porto

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Porto. A vítima foi o Gafanha, em jogo a contar para a Taça de
Portugal
Depoitre marcou um golo pelo FC Porto. A vítima foi o Gafanha, em jogo a contar para a Taça de Portugal

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