O Jogo

Evangelist­a vê Paím como exemplo

O presidente do SJPF quer levar Paím às escolas para que ele partilhe a sua história, de modo a mostrar os problemas existentes no mundo do futebol

- MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

A antiga promessa das escolas do Sporting reconheceu que cometeu alguns erros quando era jovem. Um deles foi, com o primeiro ordenado que recebeu, ter comprado um carro, aos 15 anos

O caso de Fábio Paím, antiga promessa do Sporting, a quem vários auguravam um futuro mais promissor do que Cristiano Ronaldo, é visto pelo Sindicato de Jogadores Profission­ais de Futebol (SJPF) como um alerta para muitos jovens que sonham ser futebolist­as. Quem o diz é o presidente do organismo, Joaquim Evangelist­a. À margem de uma conferênci­a organizada pela Universida­de Europeia, em Lisboa, onde, além do jogador, também esteve o agente Carlos Gonçalves, o dirigente sindical falou sobre uma iniciativa que pretende desenvolve­r em parceria com o extremo, que está sem clube. “A ideia é ir às escolas e dar a conhecer a realidade que ele viveu. É uma forma de alertar os jovens para os problemas do futebol e que muitas vezes eles não estão preparados”, adiantou Joaquim Evangelist­a.

Feliz por ajudar, Fábio Paím já concordou em colaborar com o SJPF. Perante uma plateia de 100 estudantes de áreas ligadas ao desporto, o antigo jogador leonino reconheceu vários erros cometidos ao longo da carreira, como ter comprado um carro aos 15 anos, quando ainda não tinha idade para conduzir. “Estava farto de ir para os treinos de metro e um dia resolvi ir de carro. Era automático, por isso foi só acelerar”, partilhou este caso caricato com a plateia, abordando também o momento em que tomou más decisões que

Joaquim Evangelist­a

Fábio Paím arruinaram a carreira. “Tive uma época a jogar nas reservas do Chelsea e quando voltei o Sporting emprestou-me ao Real Massamá. Com todo o respeito por essa equipa, mas esperava jogar na I Liga. Comecei a sair à noite, fiz coisas que os jovens de 20 anos gostam de fazer e ninguém me pôs travão.”

Aos 28 anos, o extremo acredita que ainda tem muito para dar ao futebol e garante estar a avaliar algumas propostas. “Quero um clube com as mínimas condições para poder fazer o meu trabalho e ganhar ritmo para voltar a jogar”, sublinhou.

“A ideia é ir às escolas e dar a conhecer o que ele viveu”

Presidente do SJPF “Comecei a sair à noite, com 20 anos, e ninguém me pôs travão

Jogador

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Fábio Paím com Joaquim Evangelist­a, durante encontro com jovens estudantes

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