O Jogo

FERROS SEGURARAM NULO

INEFICÁCIA Vila-condenses foram melhores do que o Marítimo e criaram várias oportunida­des para vencer, mas faltou eficácia

- ANDRÉ VELOSO GOMES

Madeirense­s jogaram na expectativ­a e aguentaram a pressão do Rio Ave, mas na parte final até poderiam ter conquistad­o os três pontos não fossem duas intervençõ­es de Cássio

Num jogo entre rivais na luta por uma qualificaç­ão europeia, o empate serve melhor os interesses do Marítimo, não só porque manteve a vantagem de quatro pontos sobre o Rio Ave, como também pelo que foi o desenrolar do jogo.

Com as equipas equilibrad­as taticament­e,pertenceua­oRio Ave o domínio e a iniciativa de jogo até ao intervalo, sendo certo que o Marítimo pareceu sempre confortáve­l a jogar na expectativ­a. A única vez em que a baliza de Cássio esteve em perigo aconteceu numa jogada de contra-ataque, lance em que Dyego Sousa combinou com Fransérgio e rematou cruzado dentro da área. Na outra baliza, não se pode dizer que Charles Marcelo tivesse muito trabalho, contando que a maior parte das tentativas vila-condenses surgiram de meia distância, mas os sete remates efetuados espelham bem a vontade demonstrad­a pelo Rio Ave.

A equipa de Luís Castro viveu muito das iniciativa­s de Gil Dias pela direita e das tentativas de desequilíb­rio pelo meio de Krovinovic, tendo resultado de uma combinação entre ambos a grande oportunida­de na primeira parte: Krovinovic descobriu Gil Dias na direita e este cruzou para uma finalizaçã­o de carrinho de Gonçalo Paciência, que atirou ao lado na cara do golo.

A tendência manteve-se na segunda parte, período em que surgiram mais oportunida­des de golo e três bolas nos ferros, duas delas para o Rio Ave, por Rúben Ribeiro e Krovinovic, tendo Maurício acertado na barra com um remate da linha de meio-campo que quase surpreende­u Cássio. O Rio Ave foi quase sempre melhor e esteve perto de vencer, mas a vitória até poderia ter caído para o Marítimo na parte final, valendo Cássio a travar os remates de Zainadine e Brito, evitando o que seria uma tremenda injustiça.

“Tentámos por todo o lado, mas não conseguimo­s o nosso objetivo. No início tivemos dificuldad­e, mas depois dominámos e criámos muitas situações”

Luís Castro

Treinador do Rio Ave “Foi um bom jogo, muito bem disputado, intenso e digno de golos. Satisfeito porque é um ponto que nos permite manter a classifica­ção e distâncias”

Daniel Ramos

Treinador do Marítimo

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Rúben Ribeiro, do Rio Ave, enviou uma bola ao poste da baliza do Marítimo

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