O Jogo

“Vamos tentar ganhar uma etapa”

JONI BRANDÃO

- HÉLIO NASCIMENTO

Em conversa com O JOGO, o novo líder do Sporting-Tavira deu conta das suas ambições, como dar uma alegria aos adeptos já na Volta

ao Algarve

Deixou a Efapel e abraçou o projeto do SportingTa­vira, sendo um dos reforços mais sonantes da equipa de Vidal Fitas. Para a Volta ao Algarve, que amanhã sai para a estrada, acredita num brilharete

Na contagem decrescent­e para o arranque da primeira prova por etapas da época, Joni Brandão, de 27 anos e maior rival dos corredores da W52 nas duas últimas épocas, considera que defender as cores do Sporting lhe dá ainda mais motivação. Quais as primeiras impressões da nova equipa? —São muito positivas. A equipa acolheu-me bastante bem, integrei-me sem problemas e até parece que já trabalho aqui há uns anos! É um grupo fantástico, o que me deixou ainda mais motivado. Já conhecia os seus colegas? —Alguns só conhecia das corridas, mas outros foram meus companheir­os em equipas anteriores. Este é um meio onde se torna tudo mais fácil, face ao relacionam­ento que se adquire, pelo menos na estrada. Em vésperas da Volta ao Algarve, como se sente a equipa do Sporting-Tavira? Que propósitos tem para a prova? —Creio que podemos disputar algumas etapas. Temos bons sprinters e também ciclistas talhados para o contrarrel­ógio e para a montanha. Acho que vamos brilhar, porque confio no trabalho que temos realizado e porque somos profission­ais. Se calhar, não estaremos ao nível dos melhores corredores que nos visitam, mas estamos prontos para conseguir bons desempenho­s. Os portuguese­s continuam sem ganhar uma etapa na Algarvia há largos anos. Porquê? —Esta é uma altura do ano mais complicada para o pelotão nacional. Temos apenas um dia de competição [a prova de abertura], em anos anteriores nem isso, enquanto os adversário­s que vêm de fora estiveram em estágios e fizeram várias corridas. A nossa preparação é diferente da das equipas do World Tour, que chegam aqui com objetivos delineados. Para o pelotão nacional, é então uma prova de… preparação? —Não será bem assim, mas é claro que os objetivos das equipas portuguesa­s apontam mais para a frente da época. E temos também menos corredores do que esses conjuntos do World Tour, logo é preciso outro planeament­o. Seja como for, vamos com toda a determinaç­ão, esperançad­os em dignificar também Tavira e toda a região algarvia. Os adeptos merecem. Ganhar uma etapa? Por que não?! Vamos tentar. E queremos disputar os bons lugares na geral. Já que falou em Tavira, sente mais responsabi­lidade por ter

o nome Sporting na camisola? —A responsabi­lidade sentese em todas as equipas, mas estarmos associados ao Sporting, não o nego, aumenta pelo menos a motivação. É ainda maior. O Sporting é uma instituiçã­o que dispensa comentário­s e sabemos que todos os olhares estão focados neste emblema. Está preparado para ser chefe de fila? —Preparado como sempre, mas, atenção, não vou por aí. Nem vim para ser ou não chefe de fila. Foi um conjunto de coisas que me atraiu, a começar pelo projeto. Estou numa grande equipa e há outros ciclistas com as mesmas capacidade­s para liderarem o grupo. Rejeitou uma proposta da Caja Rural, é verdade? —Sem falar muito nos contactos, esta foi a opção mais vantajosa. O Sporting-Tavira ofereceu-me as melhores condições de trabalho e financeira­s. Só lhe posso dizer que estou muito contente por estar aqui.

“Não vim para esta equipa para ser ou não chefe de fila. Foi um conjunto de coisas que me atraiu, a começar pelo projeto” “A nossa preparação é diferente da das equipas do World Tour, que chegam ao Algarve com objetivos delineados” “Temos bons sprinters e também ciclistas talhados para o contrarrel­ógio e para a montanha. Acho que vamos brilhar”

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