O Jogo

“NÃO VAMOS MUDAR A NOSSA PERSONALID­ADE”

RUI VITÓRIA Treinador do Benfica elogia eficiência do ataque da equipa alemã, ignora últimos desaires na Bundesliga e faz alerta para as constantes mudanças táticas durante as partidas

- BRUNO ANDRADE

Adversário dos encarnados nos oitavos de final da Champions vem de apenas duas vitórias nos últimos cinco confrontos, tendo perdido o último deles (2-1) contra o lanterna vermelha da Bundesliga

Rui Vitória encontrará hoje, na Luz, na primeira mão dos oitavos de final da Champions, um Bo rússia Dortmund “imprevisív­el” e com um “belíssimo” poder de ataque. O que espera do confronto com o Dortmund? —Vamos defrontar uma equipa forte, difícil, que tem como caracterís­tica o seu belíssimo poder ofensivo e que, aliado a isso, tem mudado de sistema com alguma frequência durante os jogos. Mudanças feitas com facilidade e sem perder o nível de qualidade, o que cria muita imprevisib­ilidade aos adversário­s. O caminho é estudar ao pormenor as dinâmicas do Borússia Dortmund, tentar controlá-las, mas mantendo a nossa forma de jogar. Vamos ser uma equipa ambiciosa, acreditand­o no nosso valor. E o Dortmund também terá de ter cuidados contra uma equipa como o Benfica. A Champions é uma competição demasiado importante para não darmos tudo por ela. O Dortmund vem de apenas duas vitórias em cinco jogos, tendo perdido o último (2-1 para o Darmstadt 98, último classifica­do na Bundesliga). É a altura certa para defrontá-lo?

—Não acho que haja alturas ideais para enfrentar adversário­s na Champions. A Champions tem uma exigência diferente em relação aos campeonato­s nacionais. O que aconteceu ao Dortmund não é frequente, mas é normal de acontecer com muitas equipas, antes ou depois de confrontos na Champions. Isso não invalida tudo aquilo que o Dortmund fez até agora.

Dortmund é o favorito? orito? —Não gosto de atribuir isso do favoritism­o. Há coisas que temos que reconhecer no adversário, que é uma equipa poderosa e que a qualquer momento pode criar perigo na frente. Dizer que é melhor ou pior... isso é conversa. Certo é: não vamos abdicar da nossa forma de estar porque a personalid­ade não muda pelo contexto. A concentraç­ão tem de ser elevadíssi­ma, a inspiração também tem de ser muito grande. Se formos taticament­e perfeitos, teremos uma boa chance de ganhar a partida. Jonas está à disposição para enfrentar os alemães? —Jonas está convocado, mas está limitado, está com difi- culdades em estar no jogo. Se recuperar, avança. Se não recuperar, entra outro. É triste porque o jogador quer jogar e nós também queremos que ele jogue. Vamos aguardar.

“O Borússia Dortmund terá de ter cuidados contra uma equipa como o Benfica”

Rui Vitória

Treinador do Benfica

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